Negócios
17/06/2015Negócios no comércio eletrônico vão além das lojas virtuais
O e-commerce movimentou R$ 35,8 bilhões no Brasil só no ano passado, segundo a consultoria E-bit
Por Deisy de Assis
Basicamente, entende-se por e-commerce um tipo de negócio que, como qualquer outro, necessita de planejamento. Essa modalidade mostra seu potencial com números expressivos: movimentou R$ 35,8 bilhões no Brasil só no ano passado, segundo a consultoria E-bit.
“Deve ser montada uma estratégia específica de negócio, de marketing e de publicidade para atingir o público alvo, além de viabilizar serviços de atendimento e logística eficazes”, explica o especialista em comércio eletrônico Marcelo Vit, sócio da consultoria Business Integration Partners (Bip).
Essas estratégias, de acordo com Vit, são traçadas com base no objetivo do negócio, por meio da observação do mercado e do perfil do consumidor, uma vez que, dentro do universo do e-commerce é possível acompanhar o comportamento, bem como as preferências dos consumidores a partir de uma única venda realizada.
Também especialista no assunto e CEO da Precifica, empresa brasileira de precificação inteligente, Ricardo Ramos comenta que para que esse negócio se concretize há sistemas tecnológicos fora do e-commerce funcionando.
“Os sistemas internos são softwares. Conectados ao e-commerce, eles permitem movimentações de estoque, logística e transações financeiras, por exemplo”, argumenta Ramos.
Modalidades predominantes no e-commerce
O presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Pedro Guasti, comenta sobre as três modalidades predominantes no grande universo de possibilidade que é o comércio eletrônico.
No Business to Business (B2B), ocorrem negócios entre empresas – a partir de lojas virtuais podem ser feitas compras no atacado ou a contratação de serviços de reposição de estoque, por exemplo.
Já no Business to Consumer (B2C), empresas vendem para o consumidor final, ou seja, uma pessoa interessada em determinado produto acessa a loja virtual dessas empresas e efetua a compra.
“É no Business to Consumer que ocorrem também o maior volume de players, embora seja o Business to Business o detentor do maior volume financeiro”, comenta Guasti.
Dentro do Consumer to Consumer (C2C) os próprios consumidores disponibilizam produtos para venda a outros consumidores. Um exemplo disso são os sites nos quais uma pessoa que não tem mais interesse em um determinado objeto faz a venda de tal produto a outro consumidor.
Lojas virtuais
Estima-se que no Brasil existam 40 mil lojas virtuais, que podem ser parte de um negócio de e-commerce ou apenas um site no qual são feitas vendas sem articulação estratégica.
O presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP frisa que esse dado refere-se somente às lojas legalmente estabelecidas. “Para se ter ideia do potencial desse comércio, calcula-se que dos aproximadamente três bilhões de internautas no mundo, 40% efetuam compras pela internet”, diz Guasti.
Ricardo Ramos completa ao mencionar que com os contínuos avanços tecnológicos, a indústria tem investido em aplicativos para viabilizar a comunicação com os consumidores, o que, futuramente, deve minimizar as operações por meio de lojas virtuais.
Abrindo um e-commerce
Para começar com um comércio eletrônico se faz necessária a abertura de uma empresa e, paralelamente, a busca por capacitação para estruturar o negócio. “O mercado já oferece cursos de capacitação para quem pretende empreender no e-commerce”, explica Guasti.
Lojas de pequeno e médio podem contratar plataformas de e-commerce que oferecem manutenção em seus contratos de serviço.
A parte visual e de User Experience do site pode ser de responsabilidade da loja caso tenha uma equipe de web design e especialistas para alteração dessa camada.
Há plataformas de código aberto disponíveis e elas também são uma possibilidade, conforme Guasti. “Já as grandes operações contratam soluções de fornecedores de plataforma maiores ou usam tecnologia interna e preferem desenvolver suas soluções.”
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