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Economia

No ano passado, Comércio e Serviços geraram, juntos, quase 358 mil empregos formais em São Paulo

Por outro lado, dezembro foi o pior mês, desde 2020, para ambos os setores, indicando desaceleração em 2025

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No ano passado, Comércio e Serviços geraram,  juntos, quase 358 mil empregos formais em São Paulo
Na análise da Entidade, apesar dos bons números acumulados ao longo do ano passado, o desempenho negativo em dezembro indica uma desaceleração no ritmo de crescimento do emprego (Arte: TUTU)

O setor do Comércio no Estado de São Paulo fechou 2024 com um acréscimo de 81,2 mil postos de trabalho celetistas gerados ao longo do ano, o que significa um aumento de 22,7% em relação a 2023 [gráfico 1]. Os Serviços também tiveram alta, com a criação de 276,2 mil empregos com carteira assinada, um crescimento de 21,6% em comparação ao ano anterior. Na contramão dos números positivos, dezembro de 2024 apontou resultado negativo e foi o pior mês para o mercado de trabalho de ambos os setores nos últimos cinco anos. Os dados são da Pesquisa do Emprego no Estado de São Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Sâo Paulo (FecomercioSP), elaborada com base nos dados do novo Cadastro Geral de Empregos e Desempregos (Caged), do Ministério do Trabalho.

Na análise da Entidade, apesar dos bons números acumulados ao longo do ano passado, o desempenho negativo em dezembro indica uma desaceleração no ritmo de crescimento do emprego, neste ano. Com um ambiente de inflação persistente, juros mais elevados, câmbio desvalorizado e incertezas fiscais, o Brasil, provavelmente, terá menor crescimento econômico, puxado por uma demanda mais arrefecida das famílias, o que impactará os setores mais próximos do consumidor final: o Comércio e os Serviços. 

Esse cenário afetará de forma negativa a confiança e o caixa das empresas, prejudicando o investimento na criação de novas vagas de emprego. “A tendência, com isso, é até contarmos com saldos positivos de empregabilidade para esses setores, porém em níveis razoavelmente inferiores ao crescimento previsto para este ano”, afirma Jaime Vasconcellos, assessor da Entidade. 

De acordo com a pesquisa da Federação, as três divisões do Comércio evoluíram no acumulado do ano de 2024, com a liderança do varejo, responsável por mais da metade do total de 81,2 mil vagas geradas no setor (44.739 vagas), puxado pelo segmento de hipermercado e supermercados (13.671). No comércio atacadista, destaque para a atividade de produtos alimentícios em geral (2.342). Já na divisão do comércio e reparação de veículos, o ramo do varejo de automóveis, camionetas e utilitários novos criou o maior número de empregos (3.227).

No setor de Serviços, por sua vez, que, no acumulado do ano passado, registrou 276,2 mil novos empregos celetistas em números absolutos, o melhor desempenho foi observado nas atividades administrativas e complementares (98.920 vagas), puxado pelo segmento de locação de mão de obra temporária (26.345). Destaque também para o grupo de saúde humana e serviços sociais (47.350 vagas), estimulado pelas atividades de atendimento hospitalar (23.834), e para a divisão de transporte, armazenagem e correio (42.413), puxada pelo transporte rodoviária de carga (23.492).

Pior dezembro dos últimos 5 anos

A despeito da performance positiva no acumulado do ano passado, a pesquisa aponta que dezembro de 2024 registrou queda na geração de vagas e foi o pior mês para o mercado de trabalho de ambos os setores desde janeiro de 2020, quando foi instituído o novo Caged. A perda de empregos formais no Comércio paulista no período sofreu retração de 13.112 empregos com carteira assinada, quase 90% maior do que o recuo registrado em dezembro de 2023 [gráfico 2].

Dentre as três divisões analisadas, o comércio varejista apresentou o maior recuo, com a perda de 9.760 vagas, influenciada principalmente pelos resultados dos ramos de materiais de construção em geral (-1.713 vagas) e de mercadorias em geral, sem a predominância de produtos alimentícios (-1.200 vagas).  

Já nos Serviços, em dezembro passado, foram extintos 108,1 mil postos de trabalho no Estado de São Paulo, representando uma perda 10,2% maior do que a vista no mesmo período de 2023 [gráfico 3]. Todos os agrupamentos do setor apontaram saldos negativos. As maiores quedas ocorreram nos estabelecimentos de serviços administrativos e complementares (-33.646 vagas), puxados pelo ramo de locação de mão de obra temporária (-29.159 vagas), e de serviços educacionais (-29.355 vagas), influenciados especialmente pelo segmento de educação infantil e ensino fundamental (-20.508 vagas).

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