Negócios
10/09/2018Novos hábitos do consumidores e tecnologias impactam o setor supermercadista
Lojas de conveniência crescem nas metrópoles enquanto vendas engatinham na internet
Consumidor se preocupa em visualizar os alimentos antes de comprá-los
(Arte/Tutu)
Responsável por um terço do faturamento do varejo no Estado de São Paulo, o setor de supermercados tem se modificado ao longo dos anos para acompanhar novas tecnologias e novos hábitos dos consumidores.
Um segmento que tem se destacado recentemente são as lojas de conveniência e de vizinhança. Nos últimos cinco anos, a abertura de empreendimentos desse tipo cresceu 400%, de acordo com a empresa de pesquisa de mercado Euromonitor Internacional. Grande parte desses estabelecimentos se localizam nas metrópoles, onde a dinâmica das pessoas exige rapidez no atendimento.
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O “atacarejo” também está em alta. De acordo com a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), houve aumento de 60% na procura pelo segmento entre 2013 e 2016. Embora a maior parte dos consumidores seja da classe C (47%), a participação de clientes das classes A e B cresceu significativamente no período, atingindo 33%.
Em contrapartida ao crescimento das lojas físicas de supermercados, as compras pela internet ainda são muito baixas. Entre 2014 e 2016, o porcentual de pessoas que diziam efetuar compras online passou de 1% para 2%. O que se percebe é que o preço baixo, a qualidade e o frescor dos produtos – sobretudo carnes, frutas, legumes e verduras – continuam sendo os fatores mais importantes nas decisões de compra. Com isso, para o consumidor, é importante visualizar os itens antes de adquiri-los, principalmente os alimentos perecíveis.
Vale notar que as novas tendências trazem oportunidades para os empresários do setor. Uma delas é a possiblidade de lançar marcas próprias. Esse investimento permite ter mais maleabilidade sobre a formação de preços e pode ser usado em aplicativos de descontos, favorecendo a fidelização de clientes.
No gerenciamento dos negócios, é importante ficar atento às perdas e quebras de produtos. Os mais variados tipos de perdas somam, em média, 2,2% dos gastos do segmento, porcentual superior ao de despesas como aluguel de imóveis (1,25%), administradora de cartão de crédito (1%) e energia elétrica (0,93%). Não é à toa que reduzir perdas e quebras de mercadorias é o objetivo de 25% dos supermercadistas neste ano, segundo pesquisa da Associação Paulista de Supermercados (Apas).
De todo modo, o receituário para aumentar a eficiência do negócio é se adaptar às novas tecnologias disponíveis e entender o comportamento do consumidor.
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