Editorial
09/11/2021O maior dos stakeholders é o planeta
Para Luiz Maia, apesar de vivermos os efeitos das ações do passado, existe saída, desde que soluções apontadas sejam postas em prática com urgência
A tecnologia, quando universalizada, aproxima comunidades carentes de outras realidades econômica e social
(Arte: TUTU)
*Por Luiz Maia
A sustentabilidade não é algo novo. Princípios de desenvolvimento sustentável vêm sendo ativamente debatidos no mundo há quase 40 anos. Comprovadamente, o progresso da humanidade passa pela preservação do meio ambiente e pela participação de agentes públicos e privados, os quais, em parceria, preservarão gerações futuras das consequências do crescimento não sustentável, descoordenado e descontrolado. Exemplos recentes de mudanças climáticas colocam carga adicional ao planeta, com prejuízos de toda sorte para o meio ambiente e a sociedade.
Existem, porém, soluções detectadas para eliminar ou aliviar problemas causados pelos agentes econômicos. Acordos e pactos feitos entre nações e ações assumidas traçam e orientam o caminho. Contudo, o ritmo das “entregas” deveria andar mais rápido: as alterações climáticas e a pandemia soam como um alerta.
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A cobrança virá de forma implacável pela sociedade e pelo maior stakeholder: o planeta. O risco de execução é de todos, e não dá mais para esperar o que foi identificado como causa. Infelizmente, vivemos os efeitos das ações do passado. A boa notícia é que existe saída, desde que soluções apontadas sejam postas em prática o quanto antes.
Ferramentas disponíveis apoiadas em tecnologia, conectividade e digitalização são aliados valiosos no processo de inclusão social. A evolução da bancarização digital – um sucesso no Brasil – é prova de que outros serviços, como educação a distância, telemedicina, geração de renda e comércio eletrônico, são realidades factíveis. A tecnologia, quando universalizada, aproxima comunidades carentes de outras realidades econômica e social.
Um outro exemplo do last mile leva a geração unifamiliar de energia solar a áreas remotas, oferecendo comércio online, renda, saúde e educação. Neste sentido, Parcerias Público-Privadas (PPPs) serão decisivas na criação de uma sociedade mais justa, inclusiva, participativa e diversa.
Na agenda ESG não existem concorrentes, somos todos parceiros. Os objetivos são equivalentes, mas conquistados mediante caminhos diversos.
*Luiz Maia é Coordenador do Comitê ESG da FecomercioSP.
Artigo originalmente publicado no Infomoney em 5 de novembro de 2021.