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11/09/2020O que esperar da economia e da política nos próximos meses?
Integrantes do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP) da FecomercioSP analisam o PIB, os impactos do auxílio emergencial na economia e o cenário internacional; ouça
Paulo Delgado, também copresidente do Conselho, fala sobre a falta da possibilidade de reformas serem aprovadas ainda neste ano
(Arte: TUTU)
O resultado do Produto Interno Bruto (PIB) no último trimestre, os impactos do auxílio emergencial na economia e o cenário internacional são principais temas do quarto programa de podcast do Conselho de Economia Empresarial e Política (CEEP) da FecomercioSP, publicado na última quinta-feira (10).
Na gravação, Antonio Lanzana, um dos copresidentes do conselho, ressalta que não há surpresas no fato de o País estar, tecnicamente, em recessão após dois trimestres sucessivos de quedas expressivas, além de destacar que, apesar disso, a economia tem mostrado leve recuperação. “Esta retomada tem relação direta com o impacto do auxílio emergencial, e como ele se mantém em agosto e setembro, certamente teremos um comportamento favorável ainda no terceiro trimestre”, diz.
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Outra expectativa para a economia está na Reforma Administrativa, que tramita no Congresso. Para Lanzana, a reforma é tímida por deixar de incluir os servidores que já ingressaram no funcionalismo e não envolver todos os poderes.
Embora uma reforma tímida seja melhor do que nenhuma, Paulo Delgado, também copresidente do Conselho, acredita ser difícil qualquer uma prosperar em razão da confusão política instalada no Congresso. “O ‘nó’ que imobiliza o Congresso Nacional, hoje, não são as reformas, mas a sucessão interna no Senado e na Câmara”, enfatiza ele.
Sobre a balança comercial que registrou superávit em agosto, principalmente em razão da queda das importações decorrente da pandemia, o economista André Sacconato, integrante do CEEP, afirma que o lado positivo está na manutenção da confiança do investidor estrangeiro, com altas reservas de dólares, no Brasil. “É importante, nesta hora – em um momento que os estrangeiros têm tirado muitos recursos da Bolsa de Valores e de títulos públicos nacionais –, que a balança comercial dê um suporte para contrabalancear a saída de dólares.”
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