Federação recomenda diversificação nas aplicações entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão 
(Arte/TUTU)

Em momentos de turbulência econômica, o mercado de investimentos fica mais volátil e gera oportunidades principalmente para os aplicadores profissionais, que preferem apostar em ações da Bolsa de Valores. Isso porque o mais provável hoje é uma mudança no cenário político que enseje melhorias na economia, e, diante deste quadro, a tendência é de valorização dos ativos da Bolsa (ou seja, as ações) e queda do dólar, avalia a assessoria técnica da FecomercioSP. 

No entanto, o investidor que optar por aplicar em ações tem que estar disposto a passar por uma montanha russa de emoções e de volatilidade, além de ficar permanentemente atento ao que ocorre no mercado. 

Para os mais conservadores, a maioria dos poupadores, continua valendo aplicar em renda fixa. Segundo análise da Federação, a inflação ainda está alta, mas com alguns sinais de queda, o que torna os juros reais mais atraentes. Optar por essa aplicação, além de seguro, é também uma aposta na valorização do real. 

A entidade sugere que em momentos como esse o ideal é não fazer apostas únicas, a não ser que os recursos sejam escassos (abaixo de R$ 100 mil). Para valores maiores – entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão – as aplicações devem ser divididas em renda fixa e moeda estrangeira. Para esses casos, a sugestão atual é três quartos em renda fixa e um quarto em moeda estrangeira. Já aplicações milionárias requerem análises mais profundas e pessoais.  

Compra de dólares

De acordo com a assessoria técnica, em cenário de crise econômica é normal que as moedas estrangeiras se valorizem, em especial o dólar, e que muitos investidores continuem comprando moeda forte com a percepção de que a alta vai continuar. Contudo, quando o dólar começa a cair, os detentores de aplicações em dólar vendem suas posições, acreditando que a moeda nunca mais irá subir. O resultado é muita gente comprando a moeda na alta e vendendo na baixa, acreditando estar fazendo um bom negócio. 

Neste momento, muitas pessoas estão querendo vender moeda americana na certeza de que vai cair ainda mais. Porém, não se pode garantir que o real vá continuar a se valorizar ou que volte a derreter em breve, já que depende do cenário político, ainda incerto e pouco previsível. 

A lógica é que, se houver mudança do governo, a economia melhore, e a moeda americana caia ao patamar de R$ 3. Mas há alguns problemas com essa lógica:

1. não dá para ter certeza de que o governo vá mudar;

2. se mudar, nada realmente garante que a economia vai melhorar e que o dólar volte ao patamar de R$ 3;

3. se o governo não mudar, também não há garantia de que haja uma mudança positiva diante dos fatos (é improvável, mas não garantido).