Economia
23/01/2019Otimismo do consumidor beneficia empresário que fez boas vendas no Natal
FecomercioSP orienta que, no mês de janeiro, varejistas realizem promoções e liquidações com menos intensidade
Análise mostra que a intenção em tomar crédito subiu 29% em comparação ao mesmo período do ano passado
(Arte: TUTU)
O empresário que obteve sucesso nas vendas do Natal pode realizar promoções e liquidações com menos intensidade no mês de janeiro. Isso porque o consumidor tem se mostrado otimista e mais propenso a “ousar”, segundo aponta a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
A análise mostra que a intenção em tomar crédito subiu 29% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em relação a dezembro, o indicador caiu 7,3% e alcançou os 51,3 pontos em janeiro, contra 55,3 pontos no mês passado. O resultado é baseado na expectativa de crescimento da economia e do emprego, que faz com que o consumidor se mostre interessado em adquirir novos produtos.
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O indicador de segurança de crédito que compõe a pesquisa e mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas registrou em janeiro a segunda queda seguida (-0,6%) e atingiu os 79,1 pontos. Também com relação a janeiro de 2018, o indicador de segurança foi, em média, 4% menor, o que significa que as famílias viveram, ao longo de 2018, um pouco acima das suas possibilidades.
Aplicações
A poupança perdeu a preferência entre os modelos de aplicação financeira, mas ainda reina líder junto com a renda fixa. Em janeiro, 58,6% dos entrevistados escolheram a poupança como forma de investimento, enquanto a renda fixa ficou em 20,9%. No mês de dezembro, eles representavam 55,2% e 19,5% das aplicações, respectivamente.
A previdência privada é a opção para 8,5% dos entrevistados – ante 9,3% em dezembro –, e esse índice pode subir nos próximos meses (entre fevereiro e março) caso o atual sistema previdenciário seja reformado.
A FecomercioSP acredita que se o momento de otimismo persistir por mais alguns meses, o investimento na Bolsa de Valores e as aplicações em ações tendem a aumentar. Atualmente, essa é uma opção para 3,8% dos entrevistados, ante 5,1% em dezembro.