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29/09/2023Otimismo do empresariado paulistano cresce pelo quarto mês seguido, aponta FecomercioSP
Empresários estão mais confiantes com a queda da inflação, mostra estudo da Entidade
O otimismo do empresariado na capital paulista subiu mais uma vez. Em setembro, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) subiu 2,2% em relação a agosto, passando de 107,8 para 110,2 pontos. O melhor resultado segue sendo o registrado em janeiro, quando o ICEC chegou à casa dos 114 pontos.
No entendimento da Entidade, dentre os fatores que contribuíram para o aumento da confiança dos empresários estão a queda da inflação e a resiliência do mercado de trabalho, além da retomada da confiança do consumidor e das perspectivas mais otimistas em relação à redução da taxa Selic, agora em 12,75%.
O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC), que mede o quanto os players do setor estão dispostos a injetar recursos nos negócios, cresceu timidamente em setembro, passando de 100,7 para 101,7 pontos. Já o Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC) apontou alta mais significativa: de 83,3 pontos, em agosto, para 86,9 pontos em setembro.
O Índice de Expansão do Comércio (IEC), por sua vez, que mostra o crescimento do comércio, também obteve resultado positivo. Depois de dois meses registrando 106 pontos, o índice voltou a subir e passou para 107,2 pontos – alta de 1,2% em setembro. No entanto, apesar das altas dos índices, tanto o IEC quanto o ICEC sofreram queda significativa em relação a setembro do ano passado (-9,8% e -6,9%, respectivamente).
Já o Nível de Investimento das Empresas avançou 2,9% em setembro, passando de 92,4 para 95 pontos, mas também segue 7,7% menor na comparação anual.
Estoques
Por outro lado, os empresários estão mais satisfeitos quanto aos produtos estocados. O índice de Estoques (IE) avançou 3,1%, ao passar de 113,5 pontos, em agosto, para 117 pontos, em setembro. Em comparação a setembro do ano passado, o indicador subiu 4,9%.
A proporção dos empresários que relata estoques adequados segue maior do que os que relatam inadequação: 58,2% contra 41,3%, respectivamente. Esses números refletem o aumento na intenção de consumo, influenciado pelo melhor desempenho nas condições financeiras das famílias.
Para a FecomercioSP, as empresas devem equacionar o capital de giro do negócio ao modelo de processo de produção e vendas, com foco em investimento para aumentar a produtividade, especialmente nas receitas e nos custos. A Federação também ressalta a importância de reavaliar riscos, ajustar o cronograma de pagamentos e recebimentos, evitar contrair dívidas caras e manter o orçamento sob controle.
NOTAS METODOLÓGICAS
ICEC
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.
IEC
O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.
IE
O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.