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Economia

País precisa elevar taxa de investimento para crescer de maneira sustentável

Investimentos privados caíram para 13,7% do PIB no ano passado, o pior nível desde 2000

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País precisa elevar taxa de investimento para crescer de maneira sustentável

Para crescer 3% ou 4% de forma sustentável, País precisa de uma taxa de investimento de ao menos 20% do PIB, avalia Cemec
(ARTE/TUTU)

O Brasil tem enfrentado uma situação adversa nas contas públicas desde o ano de 2014, o que levou o País à crise e a taxa de desemprego a um nível preocupante. A saída para a retomada do crescimento sustentável e da geração de empregos seria o aumento dos investimentos, cuja taxa caiu significativamente nos últimos anos.

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De acordo com o Centro de Estudos de Mercados de Capitais (Cemec), braço do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), a taxa de investimento privado, que estava em torno de 19% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013, despencou para 13,7% no fim do ano passado, o pior nível desde o ano 2000.

Embora o investimento tenha caído como um todo, 84% da retração aconteceu no setor privado, indica o estudo.

Na avaliação do Cemec, para o País crescer 3% ou 4% de maneira sustentável, é preciso que a taxa de investimento esteja em torno de 20% do PIB, patamar bastante distante da realidade atual.

Hoje, com menos investimentos, o crescimento fica comprometido, o que eleva a incerteza quanto à recuperação da economia, prejudicando a produção e o consumo – já significativamente afetados pelo baixo nível de atividade e pelo turbulento quadro político.

O que sustenta os investimentos é a taxa de poupança interna da economia, cuja situação também não é boa: em 2016, a poupança ficou em 13,9% do PIB, o menor nível desde 2001. O dado ainda mostra que enquanto houve despoupança no setor público (déficits nas contas do governo), a esfera privada economizou acima da média histórica, mas a soma não se traduziu em mais investimentos produtivos.

Com a necessidade de o setor público se financiar para cobrir o déficit, os recursos do setor privado encontram retornos financeiros atrativos nos títulos do governo, opção sem riscos, em vez de serem destinados a atividades produtivas.

Como visto, o desequilíbrio nas contas públicas provoca distorções na economia, motivo pelo qual o ajuste fiscal em curso e a pauta de reformas não podem recuar.

Somente elevando o nível de investimentos é que o País conseguirá se livrar de taxas pífias de crescimento do PIB e manter a solvência fiscal.

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