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Economia

Parcela de famílias paulistanas endividadas cresce e atinge 54,6% em março, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, os maiores índices de endividamento e inadimplência estão entre as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos

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Parcela de famílias paulistanas endividadas cresce e atinge 54,6% em março, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, a oferta de crédito atual favorece o endividamento
(Arte: TUTU)

A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), aponta que 54,6% das famílias paulistanas possuíam algum tipo de dívida em março, alta de 1 ponto porcentual (p.p.) em relação a fevereiro (53,6%) e de 4,4 p.p. na comparação com o mesmo mês do ano passado (50,2%). De acordo com o levantamento, atualmente existem 2,13 milhões de famílias endividadas na capital, 185 mil a mais do que há um ano.

A taxa de inadimplentes – famílias que não conseguiram quitar a dívida na data do vencimento – também teve alta, passando de 18,3% em fevereiro para 19,3% em março, o que significa que 751 mil famílias estão nessa situação. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, há um ano, o porcentual era de 17,5%, ou seja, houve um acréscimo de 74,3 mil famílias inadimplentes nesse período. A parte mais significativa do atraso (52,2%) é de um período superior a 90 dias. E 45,2% estão com tempo de pagamento de curto prazo, de até três meses.

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O porcentual de famílias que admitem que não terão condições de pagar o seu compromisso em atraso também registrou alta, mas ficou abaixo do índice registrado no mesmo período de 2017. Cresceu de 7,7% em fevereiro para 8,4% em março. Há um ano, a taxa era de 8,7%.

Segundo a Entidade, no início do ano as famílias fizeram um movimento na tentativa de organizar o orçamento familiar, com a ajuda do décimo terceiro salário e de outras bonificações. Depois disso, veio a sequência de duas altas consecutivas nos índices de endividamento, referentes aos meses de fevereiro e março.

De acordo com a FecomercioSP, a oferta de crédito atual favorece o endividamento. Atualmente, as intuições financeiras estão cada vez menos seletas para oferecer crédito ao consumidor, isso contribui para a expansão dos gastos. De acordo com os dados do Banco Central, em um ano, a concessão cresceu 12,3%.

Por fim, apesar de o mercado de trabalho apresentar números positivos, eles ainda não são suficientes para um equilíbrio maior das finanças das famílias. Ao longo deste ano, no entanto, a tendência é de um ritmo mais acelerado nas contratações, permitindo uma redução da taxa de inadimplência e a manutenção do endividamento em patamar superior a 50%.

Faixa de renda
Na análise por faixa de renda, o grupo de famílias que ganham abaixo de dez salários mínimos têm maiores taxas, tanto em relação ao endividamento quanto à inadimplência. No caso do endividamento, o índice para esse grupo é de 59,3%, 4,7 p.p. acima do registrado em março do ano passado. Segundo a Federação, essa taxa é 18,2 p.p. superior ao endividamento das famílias com renda maior que dez salários mínimos (41,1%).

Em relação à inadimplência, o índice para as famílias com menor renda em março atingiu 24,5%. Há um ano, esse porcentual era de 23,3%. Para o grupo com renda superior a dez salários mínimos, 7,4% das famílias afirmaram que não conseguiram quitar a dívida na data do vencimento.

Tipo de dívida
O cartão de crédito seguiu em primeiro lugar em relação ao tipo de dívida, atingindo 73,7% em março. Apesar do leve recuo (-0,7 p.p.) em relação a fevereiro, está acima do porcentual registrado no mesmo mês do ano passado, de 70,5%. A segunda modalidade mais utilizada pelos consumidores foi o carnê, com 14,3%, estável na comparação mensal e muito próximo do valor de março de 2017 (13,9%). Na sequência, vieram o financiamento de carro, com 10,9%; financiamento de casa, com 9,8%; e crédito pessoal, com 8,9%.

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