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Economia

Patricia Mosser analisa o papel dos bancos centrais na economia

Em entrevista ao UM BRASIL, a pesquisadora da Universidade Columbia Patricia Mosser aponta a necessidade de consistência nas políticas das instituições para a conquista de objetivos de longo prazo

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Patricia Mosser analisa o papel dos bancos centrais na economia

Diretora da Initiative on Central Banking and Financial Policy diz que bancos centrais concentram esforços em estabilizar a inflação, de preferência sem gerar grandes flutuações, gastos e desemprego
(Foto: Christian Parente/TUTU)

As políticas adotadas pelos bancos centrais refletem diretamente na credibilidade dessas instituições, que têm papéis complexos na economia de um país. “É difícil manter a credibilidade no universo dos bancos centrais, assim como na vida em geral. É algo difícil de se conseguir e fácil de se perder”, diz a pesquisadora sênior e fellow da School of International and Public Affairs (SIPA) da Universidade Columbia, Patricia Mosser.

Em entrevista ao UM BRASIL, a diretora da Initiative on Central Banking and Financial Policy diz a Thais Heredia que, de forma geral, os bancos centrais concentram seus esforços em estabilizar a inflação, de preferência sem gerar grandes flutuações, gastos e desemprego. “Isso nem sempre é possível, mas eles tentam”, alerta.

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Patricia lembra de casos de bancos centrais na Europa, na Ásia e na América Latina que já vivenciaram os resultados de uma escolha infeliz de diretrizes. Sobre o Banco Central do Brasil (BCB), ela destaca que a forma como outras instituições recuperaram a credibilidade depois de períodos conturbados foi útil para os responsáveis pelas políticas do BCB.

Para a especialista, o principal foco do Banco Central está em manter a inflação o mais estável possível. “A economia do Brasil tem vivido um período muito difícil, com uma inflação alta, um crescente índice de desemprego e uma queda da renda nacional”, detalha.

Patricia lembra quando os Estados Unidos passaram por um período de recessão similar ao do Brasil, mas na década de 1980, e o Federal Reserve (FED) decidiu aumentar as taxas de juros para equilibrar a inflação. “Por outro lado, a boa notícia é que isso tirou os EUA da crise, e o banco central foi capaz de manter sua credibilidade e a inflação estável por décadas, mesmo com os altos e baixos da economia”, lembra.

A entrevista integra a segunda edição da série que discute estratégias para o crescimento e o papel do Estado na economia, gravada em São Paulo, em dezembro de 2017. O encontro é resultado de uma parceria da plataforma UM BRASIL com o Columbia Global Centers | Rio de Janeiro, braço da Universidade Columbia, de Nova York.fe

Acompanhe a entrevista completa:



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