Editorial
29/03/2018Peça “Os Guardas do Taj” chega à última semana em cartaz no Teatro Raul Cortez
Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi são guardas imperiais indianos que protegem a construção do Taj Mahal e devem seguir ordens de seus superiores sem questionar
História fala das relações humanas e leva à reflexão sobre o processo de nossas escolhas
(Arte: TUTU)
Termina neste fim de semana a temporada do espetáculo Os Guardas do Taj, no Teatro Raul Cortez, na Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Estrelada por Ricardo Tozzi e Reynaldo Gianecchini, a peça é uma adaptação do texto do norte-americano Rajiv Joseph. O autor é de origem indiana e coloca em cena uma das lendas que cerca o Taj Mahal. A história retrata a vida de dois guardas imperiais em Agra, na Índia, em 1648, com a missão de proteger o monumento em sua construção.
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A estreia da peça ocorreu em Portugal no fim de 2017 e passou pelas cidades de Braga, Póvoa de Varzim, Famalicão e Lisboa com sucesso de público. Em janeiro deste ano, o espetáculo começou a ser exibido em São Paulo e, em razão da alta procura, o período de apresentação foi estendido até 1º de abril.
Sob a direção de Rafael Primot e João Fonseca, Tozzi interpreta Babur, jovem curioso e contestador, enquanto Humayun, representado por Gianecchini, tem o perfil racional e disciplinado. Os dois são proibidos de olhar para a obra que o imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, sob risco de severa punição.
É durante o trabalho dos guardas, no turno noturno, que o público percebe que eles se completam ao mesmo tempo em que se enfrentam. A maneira como cada um lida com as imposições de seus superiores muda completamente a relação dos dois amigos.
“A peça fala de muitas coisas, e a mais importante e mais atual é essa reflexão sobre de onde vêm as nossas escolhas, sobre como a gente está escolhendo fazer as coisas: de acordo com o nosso desejo e a nossa verdade ou de acordo com o que propuseram para a gente?”, indaga Gianecchini.
Tozzi afirma que a reflexão é pertinente e se contrapõe à vivência do mundo contemporâneo. “Somos estimulados a absorver o que vem de fora, e em nenhum momento alguém te estimula a olhar para dentro e saber quem é.”
O espetáculo tem duração de 75 minutos e classificação etária de 12 anos. Os ingressos (preço inteiro) custam R$ 60 às sextas, R$ 80 aos sábados e R$ 70 aos domingos e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo site Compre Ingressos.
Serviço
Data: 30 e 31 de março e 1 º de abril, últimos dias.
Sextas e sábados, às 21h; domingos, às 18h.
Ingressos: sexta, R$ 60; sábado, R$ 80; e domingo, R$ 70.
Teatro Raul Cortez – Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – Bela Vista, São Paulo (SP).
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