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29/03/2017Pelo nono mês consecutivo intenção de consumo sobe entre as famílias paulistanas, aponta FecomercioSP
Segundo Entidade, indicador registrou 78,7 pontos em março, maior patamar desde junho de 2015, quando foram contabilizados 81,7 pontos
São Paulo, 29 de março de 2017 - As condições econômicas das famílias paulistanas estão melhorando e com isso aumenta também a intenção de consumo. O índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 78,7 pontos em março, altas de 1,5% em relação a fevereiro e de 11,6% na comparação com o mesmo mês de 2015. Foi a nona elevação consecutiva do indicador, que registrou em março a maior pontuação desde junho de 2015, quando contabilizou 81,7 pontos. O ICF é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa insatisfação e acima de 100, satisfação em relação às condições de consumo.
Cinco dos sete itens avaliados pela pesquisa apresentaram crescimento em março. O destaque, em termos de variação, foi o item Perspectiva de Consumo que subiu 6,9% no mês, atingindo 73,9 pontos. Houve também forte avanço na comparação anual, de 41,5%. Os paulistanos estão reduzindo o pessimismo com os gastos para os próximos meses. Foram 48% dos entrevistados que disseram que gastarão menos nos próximos meses, sendo que em março do ano passado esse porcentual era de 63%.
Já no curto prazo, 62% dos paulistanos disseram que o consumo está menor do que no ano passado. Por conta disso, o item Nível de Consumo Atual registrou retração de 7,7% e atingiu os 46 pontos - a pior avaliação entre os itens pesquisados. A assessoria econômica da FecomercioSP aponta que o item vinha de uma sequência de seis altas consecutivas e esta queda parece ser pontual e ligada a outro item, Momento para Duráveis, que também registrou queda em março, de 2,2%, chegando aos 55,7 pontos. O desempenho deste último item, de acordo com a Entidade, é consequência do término do período das tradicionais liquidações de início de ano e, portanto, menos oportunidades de compra.
O segundo maior impacto no ICF no mês foi do item Renda Atual que passou de 84,8 pontos em fevereiro para 88,2 pontos em março, alta de 4%. Segundo a Federação, o consumidor está sentindo que a deterioração de sua renda está diminuindo, muito por conta da inflação mais baixa e do ânimo que foi gerado pela liberação dos recursos das contas inativas do FGTS. Para a Entidade, as famílias estão percebendo também que o grau de dificuldade na obtenção de crédito para compras financiadas está reduzindo. Com isso, o item Acesso ao Crédito cresceu 2,9% e se posicionou nos 72,8 pontos.
Por fim, os itens relacionados ao emprego (Emprego Atual e Perspectiva Profissional) registraram alta, sendo 0,7% para o primeiro e 1,9% para o segundo, e são os únicos que estão no patamar de satisfação, 101,7 pontos e 112,9 pontos, respectivamente.
Na análise por faixa de renda a variação foi simétrica. O índice das famílias com renda abaixo de dez salários mínimos subiu 1,5%, na comparação com fevereiro, e registrou 78,2 pontos. Já as famílias com renda superior a este montante estão um pouco menos pessimistas com 80,2 pontos, crescimento de 1,4% em relação ao mês anterior.
Segundo a FecomercioSP, o ICF segue sua trajetória de crescimento em sintonia com a recuperação da economia, de forma lenta e gradual. A inflação já está, em 12 meses, perto de bater o centro da meta, de 4,5%, e os juros estão caindo, variáveis importantes para elevação do consumo. A consequência desta evolução na intenção de consumo, na avaliação da Entidade, pode ser vista no aumento das vendas no comércio da capital paulista, que segundo pesquisa da Federação, cresceram 0,6% no ano passado, e mais especificamente no último bimestre o aumento foi acelerado, de 5,3% e 5%.
A Federação conclui, portanto, que o ICF mostra que as condições econômicas das famílias paulistanas estão melhorando, criando espaço para aumento do consumo e alimentando as expectativas dos empresários do setor para um ano positivo, saindo de vez do quadro recessivo.
Metodologia
O Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desde janeiro de 2010, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O ICF é composto por sete itens: emprego atual; perspectiva profissional; renda atual; acesso ao crédito; nível de consumo atual; perspectiva de consumo e momento para duráveis. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos, satisfatório. O objetivo da pesquisa é ser um indicador antecedente de vendas do comércio, transformando-se, com base no ponto de vista dos consumidores e não no uso de modelos econométricos, em uma ferramenta poderosa para o varejo, fabricantes, consultorias e instituições financeiras.
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