Negócios
16/10/2017Pequenos negócios procuram se fortalecer em cooperativas
Entre 2001 e 2015, número de cooperados saltou de 5 milhões para 13 milhões no País
Cooperativas ganham força em áreas além da financeira e no comércio de produtos agrícolas
(ARTE/TUTU)
Os sinais de recuperação da economia brasileira têm sido vistos pelo lado do consumo. Os investimentos, entretanto, seguem em baixa, consequência da capacidade ociosa ainda presente em setores da indústria, além do desemprego, que permanece em nível elevado, e das incertezas na política nacional. De todo modo, a crise não ficou totalmente para trás.
Nesse contexto, por necessidade de renda ou por um sonho a realizar, indivíduos buscam novas oportunidades, como o ato de empreender, alimentado pelo desejo de vencer a inatividade e pela falta de perspectivas no mercado de trabalho tradicional.
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A vocação pelo empreendedorismo no Brasil é forte. A imprensa tem dado destaque à associação de empresários de micro e pequeno portes, trabalhadores e estudantes em diversas atividades que tenham o trabalho coletivo e interesses comuns como pontos de atração. Dessas colaborações, surgem empreendimentos baseados na criatividade, com o objetivo de reduzir custos, ganhar competitividade e suprir a baixa capacidade de recursos para investir.
Nesse sentido, as cooperativas se fortalecem em atividades além das desempenhadas na área financeira ou no comércio de produtos agrícolas. A Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) aponta que o número de cooperados saltou de 5 milhões para mais de 13 milhões entre 2001 e 2015. No mesmo período, o número de cooperativas diminuiu, o que demonstra a união de mais pequenos negócios em torno de uma mesma associação.
Ao colaborar e trocar experiências, comerciantes e produtores em grupos desenvolvem seus negócios por meio do compartilhamento de espaços em centros comerciais, feiras, restaurantes, entre outros estabelecimentos, onde disponibilizam seus produtos e serviços.
De forma geral, esses tipos de negócios são favorecidos em economias mais liberais, que permitem mudanças e adaptações conforme as ações espontâneas dos agentes econômicos. Iniciativas dessa natureza, portanto, podem ser interpretadas como uma forma de estímulo às mudanças, ou como um alerta a empreendedores menos atentos às tendências e às rápidas transformações que ocorrem nos mercados.
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