Economia
23/10/2018Pesquisa mostra mais uso da poupança para complementar orçamento doméstico
Entre os endividados entrevistados em outubro pela FecomercioSP, 29% têm algum tipo de poupança
A intenção de contrair financiamento nos próximos três meses ficou estável (21,2%) em outubro
(Arte: TUTU)
O índice de paulistanos endividados que declararam ter alguma reserva financeira caiu de 35,1% em setembro para 29,1% em outubro. Isso fez o índice de segurança de crédito dos endividados registrar 58,2 pontos, queda de 17,1% com relação ao mês anterior. Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE) e mostram que parte dos entrevistados com dívidas usa a poupança para complementar o orçamento doméstico.
A pesquisa realizada mensamente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta ainda que a proporção entre os não endividados que detêm poupança ficou em 49,8% em outubro, 4,7% a mais que a medição anterior.
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Embora tenha tido queda, a poupança continua sendo a aplicação favorita, com 57,7%. A renda fixa cresceu de 22,2% para 23,3%, e a previdência privada também obteve elevação, ao passar de 7,6% para 8,3% em outubro. Os investimentos em ações caíram de 4,3% para 3,9%.
Recentemente, um certo otimismo eleitoral por parte dos mercados financeiros impulsionou o Ibovespa no curto prazo, mas vale lembrar que há a preferência por determinadas políticas econômicas – e não especificamente por políticos. Aquele que conseguir transmitir a ideia de um Estado que promova ajustes fiscais, reduza seu grau de interferência e estimule o ambiente de negócios sempre terá a preferência de analistas e operadores.
A expectativa é que os investimentos no mercado de ações terão mais direcionamento apenas após o término das eleições. Antes disso, os investidores e poupadores manterão suas opções por poupança e renda fixa, e uma parcela cada vez mais significativa optará por títulos de previdência privada.
Financiamento
A intenção de contrair financiamento nos próximos três meses ficou estável (21,2%) em outubro, e esse dado tem correlação direta com a expectativa profissional, ou seja, quem está desempregado ou teme ficar sem ocupação não tem propensão elevada a se endividar. A FecomercioSP acredita que essa variável tende a melhorar com a eleição de um novo governo que coloque de forma clara quais são as suas propostas e diretrizes sobre a política econômica do País.
A entidade recomenda que os empresários fiquem de olho no que ocorrerá nos próximos dias e, principalmente, nos sinais que o futuro presidente vai dar por meio de discursos, entrevistas e divulgação de sua equipe.
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