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Negócios

Planejamento e gestão são fundamentais para negócio de nicho

Particularidades dos consumidores devem sempre estar no radar do empresário, apontam empreendedores

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Planejamento e gestão são fundamentais para negócio de nicho

Um bom planejamento, investimento em inovação e capricho no atendimento são as dicas de empresários que operam em nichos
(Arte/TUTU)

Por Jamille Niero

Dois pontos estratégicos são fundamentais para um negócio obter vida longa: o planejamento e a gestão. Segundo a assessoria técnica da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o planejamento vai possibilitar ao empreendedor prever situações de desequilíbrio e adotar medidas antecipadas a fim de driblar o problema; já a boa gestão vai criar mecanismos para cuidar dessa nova ideia, a fim de que ela tenha sucesso.

Para quem opera em nichos específicos, os dois quesitos são mais importantes ainda. É o que conta um dos sócios-fundadores da DrogaVet, Flavio Pigatto. Criada em 2004, a empresa é, desde o início, uma farmácia especializada na manipulação de medicamentos veterinários. E o planejamento foi essencial para que funcionasse.

Pigatto conta que a sócia é farmacêutica e sempre atuou na área de manipulação de medicamentos humanos. Após vender a farmácia que era proprietária, investiu na carreira de consultora. Ao atender uma empresa estrangeira que queria se instalar aqui, ouviu que o Brasil possuía um ótimo mercado, mas faltavam companhias voltadas para a manipulação veterinária. Paralelamente, ambos estavam pesquisando o mercado pet, em crescimento no País. “Foram dois anos estudando, analisando e buscando números da área”, relata.

A grande barreira na época era convencer os veterinários a manipular fórmulas de remédios, porque não havia essa prática aqui. “Passamos por dificuldade, mas o que contribuiu foi a paciência dos anos de planejamento. E o sigilo também, para que ninguém roubasse a nossa ideia”, comenta o fundador da companhia, que ainda lembra o faturamento do primeiro mês de funcionamento: R$ 230,00. Hoje as cláusulas contratuais que têm com os franqueados impedem a divulgação do faturamento atual, mas Pigatto conta que a média de crescimento dos últimos dois anos fica entre os 15% e os 20%. A meta para 2017 é terminar o ano com 50 unidades abertas no esquema de franquia – hoje são 34 e há mais sete que devem ser inauguradas ainda no primeiro semestre do ano.

Outro segredo da gestão é o investimento constante em inovação. “Temos que inovar o tempo todo. Nossos principais concorrentes (indiretos) são as grandes indústrias e precisamos investir para acompanhar a evolução do mercado. Estamos trabalhando o tempo todo com pesquisa, participando de feiras, congressos, e até fechando parcerias com universidades. É uma demanda dos clientes e dos franqueados, que estão sempre nos questionando sobre novidades”, alega.

Além de investir na busca por novidades, quem opera em um nicho deve ser capaz de ler e interpretar as necessidades do seu público, muitas vezes bem específicas. Este é um dos pontos que motivou a criação da Mini Bee, que oferece um serviço personalizado de delivery de roupas e acessórios para crianças de 0 a 18 meses. A empresa leva até a casa do cliente uma mala com produtos escolhidos de acordo com o perfil do bebê. São cerca de 50 peças deixadas na portaria. A ideia é que a pessoa possa ver o conteúdo, experimentar as peças e avaliar a qualidade dos itens com tranquilidade.

“Essa faixa etária exige muito dos pais, que passam a viver em função da criança. Pode ser um momento de fragilidade deles, e por isso que todo o atendimento é muito importante. Se quem deixar a mala for um entregador com pressa e não der a atenção devida, seja porque a mãe ou o pai demorou pra descer na portaria, por exemplo, e estiver fragilizado, é complicado. Nosso nicho tem essa particularidade e o atendimento tem que ser muito atencioso”, explica o diretor de Operações e Expansão, Fabiano Bitencourt. Justamente por precisar ter um cuidado maior ao lidar com o cliente, toda equipe é própria, não há funcionários terceirizados.

Com cerca de 1.500 clientes ativos em todas as unidades da empresa (uma em São Paulo e outros seis afiliados espalhados pelo País), o faturamento dos últimos 12 meses girou em torno de R$ 300 mil. Para 2017, a expectativa da empresa que abriu as portas em 2015 é boa: encerrar o ano com o dobro da receita e novos pontos abertos.

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