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Economia

Política econômica do novo governo sinaliza melhores condições de investimento no setor produtivo

Agenda liberal deve reduzir os juros e os retornos em renda fixa, favorecendo o crescimento de empresas

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Política econômica do novo governo sinaliza melhores condições de investimento no setor produtivo

Perspectiva é de que a política econômica do novo governo estimule a expansão do comércio e da indústria
(Arte/Tutu)

O ano de 2018 foi marcado por muitas incertezas. Embora nem todas as dúvidas tenham se dissipado após a conclusão das eleições e das primeiras indicações para compor o novo governo, a economia termina dezembro mais arrumada do que nos últimos anos.

Basta ver que a inflação está dentro da meta do Banco Central; a taxa Selic permanece no menor patamar histórico, de 6,5% ao ano; o número de desempregados tem caído e está em torno de 12 milhões; a Reforma Trabalhista modernizou as relações de trabalho; há um projeto de Reforma da Previdência que pode ser aproveitado integral ou parcialmente; e a expectativa é de que o produto interno bruto (PIB) cresça quase 2%.

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Nos últimos anos, em função das dificuldades econômicas do País, os investidores foram bastante conservadores e optaram por aplicar em renda fixa. Neste momento, em que o novo governo está prestes a assumir o mandato presidencial, as mudanças sinalizadas indicam que será implementada uma agenda liberal (corte contundente de gastos públicos, privatizações, concessões e auditorias em contratos).

Com isso, o cenário aponta para um governo que estimule investimentos no setor produtivo, ou seja, ampliação de fábricas, expansão do comércio e retomada de projetos de infraestrutura engavetados.

Ainda não se sabe o modelo de Reforma da Previdência preferido do novo governo, se haverá mudanças no sistema tributário nem mesmo a profundidade do ajuste fiscal. Contudo, mesmo sem muitos detalhes, supõe-se que o ambiente será favorável para o Brasil crescer.

Apostando nesse direcionamento, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) acredita que, a partir do ano que vem, os retornos de renda fixa devem ficar menos atrativos. Isso porque, com a inflação contida, as taxas de juros podem cair ainda mais em 2019. Além disso, as eventuais privatizações devem estimular a entrada de moeda estrangeira.

Por isso, há uma perspectiva interessante para investir em empresas, seja de forma direta (como sócio ou empreendedor), seja indiretamente (adquirindo ações e debêntures). Também deve crescer a oferta de Fundos de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDCs).

Esse é um cenário bastante factível conforme as sinalizações econômicas do novo governo. De qualquer modo, o investidor ainda precisa ter um pouco de paciência e cautela até que esse prognóstico se confirme. Mas uma coisa é certa: caso o governo não dê andamento às reformas, principalmente a da Previdência, as condições de mercado se tornarão muito mais adversas.

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