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Imprensa

Porcentual de famílias paulistanas endividadas chega a 53,6% em fevereiro

Segundo a FecomercioSP, são 2,1 milhões de lares que permanecem com algum tipo de dívida

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São Paulo, 21 de março de 2019 – A proporção de famílias paulistanas endividadas teve a segunda alta consecutiva em fevereiro, ao passar de 49,9% para os atuais 53,6% – elevação de 3,7 pontos porcentuais (p.p.), o que significa que 145,6 mil famílias a mais estão endividadas. No total, são 2,1 milhões de lares que permanecem com algum tipo de dívida. Em relação ao mesmo período do ano passado, não houve alteração.

Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

A taxa de inadimplência seguiu a mesma tendência e apresentou alta de 1,1 ponto porcentual no comparativo mensal – de 18,7% para 19,8% de famílias que não conseguiram quitar a dívida até a data do vencimento. No contraponto anual, aumento de 1,5 ponto porcentual. Atualmente, são 774,4 mil lares nessa condição de atraso.

O porcentual de famílias que dizem que não terão condições de pagar suas dívidas com atraso registrou aumento, ao passar de 8,2% em janeiro para 8,5% em fevereiro. Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, há um ano, o porcentual era de 7,7%, o que significa 33,7 mil famílias a mais, ao todo, são 334,3 mil lares nessa situação.

Em relação ao tempo de dívida em atraso, houve elevação, passando de 66,5 dias em janeiro para 68 dias em fevereiro. Em relação ao mesmo período do ano passado, o avanço foi de 2,1 dias. O maior porcentual é o de longo prazo (acima de 90 dias), com 52,5%, entretanto, no mesmo período do ano passado, era de 54,4%.

Entre os endividados, o comprometimento da dívida ficou muito similar ao de janeiro e ao de fevereiro de 2018: 7,2 meses de tempo médio. O porcentual mais elevado está no período superior a um ano, 32,6%. De até três meses, 23,1%; de três a seis meses, 22,8%; e de seis meses a um ano, 20,5%.

Na segmentação por renda, para ambos os grupos analisados houve alta do endividamento. Para as famílias com renda abaixo de dez salários mínimos (SM), a taxa aumentou de 53% em janeiro para 56,4% em fevereiro. Entretanto, 1,5 p.p. abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Para o grupo com renda superior a dez SM, o endividamento atingiu 45,4%, ante os 40,9% de janeiro. No contraponto anual, a elevação foi de 4,1 pontos porcentuais.

O quesito “parcela da renda comprometida com a dívida” ficou em 28,5% em fevereiro, sem alterações mensais ou anuais expressivas.

De acordo com a FecomercioSP, o endividamento subiu mais do que a inadimplência, o que pode indicar duas vertentes: as famílias adquirindo crédito para pagar suas dívidas de início de ano, como impostos, material escolar, entre outros; ou utilizando os empréstimos para ampliar o consumo de bens e serviços. Há uma persistência na taxa de inadimplentes, em razão dos paulistanos que ainda não conseguiram voltar para o mercado de trabalho, o que dificulta o controle do orçamento doméstico.

A expectativa da Entidade é que esse quadro melhore com as variáveis econômicas mais estáveis, como inflação controlada, juros baixos e queda do desemprego, influenciando no aumento da renda e diminuindo a inadimplência.

Tipo de dívida
Os tipos de dívidas mais frequentes não sofreram alterações significativas. A principal continua sendo o cartão de crédito, com 70,8% em fevereiro – quase igual aos 71% em janeiro, mas abaixo dos 74,4% do mesmo mês do ano passado. Na segunda posição ficaram os carnês, com 13,5%, seguidos por financiamento de carro (12,1%), financiamento de casa (11,2%) e crédito pessoal (9,8%).

Metodologia
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde fevereiro de 2004. São entrevistados, aproximadamente, 2,2 mil consumidores na capital paulista.

O objetivo da PEIC é diagnosticar o nível de endividamento e de inadimplência do consumidor. A partir das informações coletadas, são apurados importantes indicadores: nível de endividamento; porcentual de inadimplentes; intenção de pagamento de dívidas em atraso; e nível de comprometimento da renda. Tais indicadores são observados considerando duas faixas de renda.

A pesquisa permite o acompanhamento do nível de comprometimento do comprador com as dívidas e sua percepção em relação à capacidade de pagamento, fatores fundamentais para o processo de decisão dos empresários do comércio e demais agentes econômicos.

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