Negócios
05/08/2014Práticas de segurança das empresas estão ultrapassadas, diz pesquisa
Estudo global da PwC com 5 mil empresas apontou que organizações estão preocupadas com a sofisticação dos ataques cibernéticos
Uma pesquisa global realizada pela PwC com mais de 5 mil empresas apontou que as práticas de segurança utilizadas por essas organizações estão ultrapassadas para combater os riscos cibernéticos atuais e futuros. O resultado do levantamento, que comparou as respostas pelos executivos em 2014 com as respostas dadas dois anos atrás, indica que as empresas precisam repensar o processo de transformação das suas áreas de segurança cibernética.
“É preciso uma segurança mais pró-ativa para trazer mais inteligência ao processo de controle, reação e resposta aos riscos cibernéticos, além da capacidade de testar e avaliar se as medidas tomadas estão bem direcionadas de acordo com os investimentos previstos”, comentou Edgar D’Andrea, sócio na área de TI da PwC, durante apresentação da pesquisa no segundo dia do VI Congresso Fecomecio de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção, promovido pela FecomercioSP nos dias 4 e 5 de agosto, na sede da Entidade.
De acordo com a pesquisa, que teve a participação de 500 empresas brasileiras, 24% dos crimes econômicos mais reportados foram cybercrimes. Como exemplo da gravidade do impacto causado por um delito como este, D’Andrea trouxe o exemplo da varejista norte-americana Target, que teve dados de 70 milhões de clientes roubados e viu, em seguida, a queda de 25% de suas ações na bolsa de valores.
O levantamento mostrou ainda que as empresas ampliaram em 51% o investimento em TI em relação ao ano de 2012. 69% dos entrevistados afirmaram estar preocupados com ameaças cibernéticas e 77% dizem ter sofrido ataque cibernético no último ano. Porém, apenas 26% declaram ter plano de resposta para incidentes e ameaças cibernéticas e 31% possuem estratégia de segurança para dispositivos móveis.
Por que cyber ameaças geram riscos ao negócio?
O especialista da PwC explicou que os ataques associados ao crime eletrônicos estão mais sofisticados. “Hoje vemos governo atacando governo, crime organizado, cyber ativismo e cyber terrorismo. Cada um com sua técnica, mais sofisticadas e silenciosas, ou seja, mais difíceis de serem detectadas”, pontuou.
Além disso, a transformação digital tem exigido que as empresas se esforcem para atingir outra dinâmica. A confiança se torna cada vez mais relevante. Cada vez mais empresas exploram as mídias sociais para se relacionar com os consumidores e introduzir novos modelos de negócios. A mobilidade e seu uso no mundo inteiro é outro fator.
“O brasileiro é adepto tanto das mídias sociais quanto de dispositivos móveis, de forma permanente, e é engajado. O uso dessas ferramentas só não é maior porque carecemos de infraestrutura melhor. Mas os modelos de negócios serão migrados para mídias sociais e dispositivos móveis”, previu D’Andrea.
Serviços de cloud computing, o conceito de que TI pode ser consumida a qualquer momento e dados analíticos serão fatores cruciais para as empresas. Com eles, o nível de informação circulando passa a ser maior e permite tirar frutos desses dados para os negócios. “Mas é preciso ter certeza de que os dados são íntegros e seguros. Tudo isso transforma a necessidade de ter segurança mais sofisticada e que olhe todos esses aspectos”, observou o sócio da PwC.
Confira mais informações sobre o VI Congresso Fecomercio de Crimes Eletrônicos e Formas de Proteção aqui.
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