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Sustentabilidade

Projeto da Vivo que beneficia comunidades ribeirinhas vence 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade

Operadora de telefonia foi premiada na categoria Grande Empresa

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Projeto da Vivo que beneficia comunidades ribeirinhas vence 2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade

A distância de cerca de 3 mil quilômetros que separa São Paulo das regiões ribeirinhas do Rio Tapajós, no Pará, tornou-se pequena quando o projeto “Conexão Belterra”, da Vivo, uma das maiores operadoras de telefonia móvel do País, ganhou forma durante um seminário sobre educação organizado pela companhia na capital paulista, em março de 2009. Hoje, ele beneficia mais de 26 mil pessoas em 72 comunidades ribeirinhas no Norte do Brasil, em um investimento de R$ 2 milhões, projeto vencedor do “2º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade”, na categoria “Grande Empresa”.

A semente do projeto foi plantada a partir de uma conversa mantida com o presidente da ONG Projeto Saúde & Alegria, o médico Eugênio Scannavino Neto. Com atuação nos municípios carentes e geograficamente isolados do Pará, desde 1987, ele relatou as dificuldades de comunicação que atrasavam os processos de educação e saúde na região. A ONG Projeto Saúde & Alegria, além da assistência do barco-hospital Abaré, que faz 15 mil atendimentos por ano, promove programas de cidadania, meio ambiente, educação, geração de renda e comunicação para cerca de 30 mil pessoas em mais de 150 comunidades.

A parceria não podia ser mais eficaz. Sendo o negócio da Vivo a promoção da conectividade, o desafio de integrar municípios longínquos da Amazônia era a oportunidade de desenvolver um projeto de responsabilidade social capaz de garantir a transformação social, econômica e cultural. “Antes de modelarmos o projeto, realizamos uma visita técnica a Belterra e comunidades vizinhas para assegurar que o trabalho da ONG parceira era realmente idôneo e eficiente. A partir daí, iniciamos o processo para a instalação de uma antena Estação Radio Base (ERB), que chamamos de torre social, uma operação bastante complexa em razão das características locais”, conta Luis Fernando Guggenberger, consultor de Responsabilidade Social da Vivo.

A inauguração do equipamento aconteceu em uma festa que reuniu três mil pessoas, em 26 de novembro de 2009. O projeto “Conexão Belterra” edifica-se sobre três pilares: saúde, tecnologia e desenvolvimento sustentável, por meio de levar a comunicação móvel de terceira geração (3G), de serviço de voz e transmissão de dados de alta velocidade à população da Amazônia, conectando-a à sociedade em rede. Para tanto, foram distribuídos 100 aparelhos celulares, com créditos de R$ 15 e acesso ilimitado a dados para líderes comunitários da região, para a implantação de aplicativos que contribuem com atividades nas áreas de educação, saúde, meio ambiente e renda.

“Sabíamos que essas ações promoveriam um desenvolvimento socioeconômico. Para se ter uma ideia, empresas, antes instaladas em Santarém, foram para Belterra pela facilidade de comunicação, que gera maior competitividade. Uma delas foi de transporte urbano, que faz roteiro intermunicipal por tarifas 40% menores do que as praticadas anteriormente”, relata o consultor. As empresas locais também ganharam. “Uma concessionária de motos, por exemplo, que demorava dois dias para cumprir os trâmites para fechar uma venda, faz isso agora em duas horas”, explica Guggenberger.

Ele ressalta ainda os benefícios que o projeto levou para todo o equipamento público, como a polícia. O município recebeu ainda a primeira filial do Instituto Butantã e dois campi universitários. A saúde também deu um salto relevante. O Hospital Israelita Albert Einstein, que já era parceiro da ONG Saúde & Alegria, intensificou sua participação por meio do programa de Telemedicina, que monitora e apoia as atividades de saúde desenvolvidas a bordo do barco-hospital Abaré, facilitando exames e contribuindo para a precisão dos diagnósticos.

No barco, passou a ser possível, por conta do acesso ilimitado a dados, o treinamento da equipe médica pela plataforma e-learning do renomado instituto paulista. O desafio da Vivo de levar essa tecnologia para rincões na Amazônia foi vencido graças a uma rede de outros parceiros, fundamental para a implantação do projeto. Envolveram-se a Bimetal, que reduziu o valor para a instalação da antena; a LaMark, empresa israelense especializada na construção de plataformas de ensino com mobilidade e criadora do aplicativo kantoo For All, um sistema de ensino de inglês via celular, concedendo a licença gratuitamente; a Formato Engenharia , que reduziu em 40% o valor da obra da instalação da torre; a Prefeitura de Belterra, que doou o terreno para a instalação do equipamento; o CPqD, que vem desenvolvendo aplicativos para aprendizagem para dispositivos de comunicação móvel. A eficácia do “Conexão Belterra” foi aferida por uma pesquisa.

O estudo desenvolvido pela Universidade Federal do Pará (UFPA)/FIT apurou que 73% da mostra de moradores da comunidade de Belterra acham que os serviços da Vivo impactaram na criação de novas empresas e a geração de empregos no município. A interação social foi fortalecida. De acordo com a pesquisa, 90% dos entrevistados acreditam que o celular mudou favoravelmente suas rotinas; 94% disseram que os serviços da Vivo favorecem a aproximação da família e amigos; e 74% consideram que a internet aproxima as pessoas.

Das empresas consultadas, 80% apontaram a criação de novas oportunidades de negócio e 74% delas registraram aumento de volume de vendas com a utilização dos serviços de telecomunicações. Esse trabalho da Vivo de levar tecnologia e seus atributos à Amazônia foi um aprendizado e um incentivador para a organização. “Entendemos que o simples fato de promover a comunicação 3G em local tão distante tornou-se uma estratégia de negócios para a empresa. Temos como meta, a partir do projeto, chegar a 2.800 municípios até o final deste ano, incluindo Borá, com 800 habitantes, a menor cidade do País”, informa Guggenberger.

Outra frente de negócios que a Vivo vislumbra a partir da experiência do projeto “Conexão Belterra” é o desenvolvimento de aplicativos como telemédicos e de medição do nível de correnteza de rios. A empresa também está ampliando sua interatividade com seus consumidores, criando um prêmio de sugestões de tecnologia. São cinco categorias, premiadas com R$ 10 mil cada, para projetos que tenham como foco o desenvolvimento sustentável. O projeto Belterra revolucionou a longínqua comunidade, seus empreendedores e a própria empresa.

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