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Economia

Queda de investimentos contribui para PIB baixo e preocupa FecomercioSP

Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi de apenas 0,2% em comparação com os últimos três meses do ano passado

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Queda de investimentos contribui para PIB baixo e preocupa FecomercioSP

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) sinaliza um alerta com o resultado do PIB, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apresentou no 1º trimestre deste ano um crescimento de 0,2% com relação ao período anterior.

A Entidade chama a atenção para a terceira queda consecutiva nos primeiros trimestres dos últimos anos da participação dos investimentos no PIB e também do nível de poupança interna no produto. Como a segunda dá a sustentação para a primeira, essa variação negativa implica na necessidade de financiamento de poupança externa. Desde 2011, a taxa de investimento saiu de 19,5% do PIB no 1º trimestre para 17,7% em 2014, durante o mesmo período. A poupança interna, por sua vez, recuou de 17% para 12,7%.

A indústria apresentou queda de 0,8% em comparação com os três últimos meses do ano passado – tecnicamente ingressando num ciclo de recessão - o que pode implicar na necessidade de novos incentivos ao setor. A cadeia produtiva, de acordo com os economistas da Federação, está sofrendo com a conjuntura desfavorável para a realização de novos investimentos e este cenário compromete sua capacidade de inovação.

Já a agropecuária teve resultado positivo no resultado do PIB, com crescimento de 3,6% com relação ao trimestre anterior e, na comparação anual, a variação positiva foi de 2,8%.

O segmento de serviços registrou alta de 2% na comparação trimestral, porém, o comércio – que faz parte dessa categoria – revelou queda de 0,1%. A alta da inflação e o baixo nível de ocupação, segundo a assessoria, contribuíram para o recuo do consumo das famílias, passando de 2,5% para 2,2% ante ao último trimestre.

A formação bruta de capital fixo (FBKF) apresentou retração tanto na comparação anual como trimestral, ambos com resultado de -2,1%. Esse valor indica, para a FecomercioSP, que o governo não vem criando condições estáveis para a alocação de capital nacional e externo e os empresários, por sua vez, estão recuando diante da instabilidade econômica do País.

O consumo do governo, ainda na comparação trimestral, teve crescimento de 0,7%. Na visão da assessoria econômica, o saldo negativo da balança comercial é resultado de uma economia internacional em baixo crescimento e da necessidade de importação em complemento à produção a ao consumo nacional, diante do fraco desempenho da oferta interna.

Conforme a avaliação econômica, os números demonstram que o consumidor está mais limitado nos seus hábitos de compra – principalmente pelo aumento dos preços –, o que reflete diretamente no desempenho do comércio varejista. Em paralelo, o governo infla seus gastos justamente no momento em que deveria haver uma melhor qualidade de suas despesas.

Para a FecomercioSP, o resultado do PIB deste primeiro trimestre mostra que se o Brasil quiser crescer acima de 2% no ano, terá que rever suas políticas – fiscal e monetária – no sentido de reduzir gastos com a máquina pública, elevar o poder de investimentos e conter a inflação. A estimativa do PIB para 2014 é de crescimento entre 1,5% e 1,8%, projeção que segue os indicadores das pesquisas de vendas e de confiança tanto do consumidor quanto do profissional do comércio, desenvolvidas pela Federação, que revelam menos otimismo e tendências de queda.

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