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Negócios

Reabastecimento de produtos essenciais é alternativa para grandes empresas atenuarem impacto do coronavírus

Queda nas vendas pode dificultar o pagamento dos custos fixos, mais elevados nos negócios de grande porte

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Reabastecimento de produtos essenciais é alternativa para grandes empresas atenuarem impacto do coronavírus

Grandes empresas podem usar capacidade financeira para montar uma equipe de emergência
(Arte/Tutu)

Mesmo com maior capacidade de estocagem e dispondo de uma condição financeira robusta para enfrentar crises, as grandes empresas também devem ser impactadas negativamente pela pandemia do novo coronavírus. A recomendação de evitar aglomerações de pessoas, como forma de atenuar a proliferação do vírus, reduz drasticamente o contingente de consumidores e de funcionários que se deslocam até as empresas para trabalhar.

Além disso, na quarta-feira (18), as restrições impostas ao comércio foram intensificadas. O governo paulista determinou o fechamento de shopping centers na região metropolitana de São Paulo a partir da próxima segunda-feira (23) até o dia 30 de abril, enquanto a prefeitura da capital paulista proibiu a abertura de estabelecimentos comerciais no período de 20 de março a 5 de abril – a medida não atinge segmentos como supermercados, farmácias, restaurantes, feiras livres e postos de gasolina.

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O que se espera, na atual situação, é que alguns setores sofram mais do que outros. A demanda por alimentos e medicamentos, por exemplo, tende a crescer. Com isso, as grandes empresas podem acionar os centros de distribuição para reabastecerem as lojas mais rapidamente. De forma geral, os setores de produtos essenciais devem ser mais procurados, possivelmente sendo capazes de cobrir os custos operacionais do negócio.

Por outro lado, vendas de veículos, eletrodomésticos e pacotes de turismo, entre outras atividades, devem enfrentar dificuldades, até porque a demanda por esses bens e serviços está sofrendo redução e tende a se recuperar gradativamente no futuro.

As empresas que dependem de fornecedores estrangeiros devem redobrar a atenção, uma vez que atrasos com importação devem se tornar mais frequentes, em função de o vírus atravancar as operações de comércio internacional.

Empregados

Para atenuar faltas de funcionários, as grandes empresas, se valendo da sua capacidade financeira, podem tentar montar uma equipe de emergência. O regime de trabalho intermitente se mostra uma alternativa eficaz para essa situação.

Às atividades que podem ser desempenhadas a distância, ainda que de forma menos eficiente do que na sede da empresa, uma alternativa viável é recorrer ao trabalho em home office, com o devido aditivo ao contrato de trabalho. Para tornar o serviço remoto mais produtivo, a empresa pode optar por fornecer os equipamentos ao funcionário.

Medidas emergenciais

Se, por um lado, os grandes negócios costumam contar com instalações para armazenagem de produtos, por outro, isso acarreta custos fixos (aluguel, energia elétrica, internet, segurança, água e esgoto) elevados, de modo que a queda das vendas pode dificultar o pagamento em dia dessas contas.

Para impedir que a pandemia do novo coronavírus resulte em impactos mais profundos sobre as empresas, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) apresentou medidas emergenciais aos governos federal e estadual e à Prefeitura de São Paulo.

Entre as ações, a Federação solicita que os prazos de pagamento das contribuições previdenciárias, dos tributos federais incidentes sobre a atividade empresarial, do ICMS, do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Sobre Serviços (ISS) sejam ampliados.

Para todos os casos, a reivindicação é de que a medida valha por seis meses, contados a partir de março, e que o prazo de amortização contemple 18 mensalidades, iguais e sucessivas.

Para o governo federal especificamente, também é solicitada a criação de linhas de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em condições diferenciadas, com juros menores, carência de seis meses para início de pagamento e 24 meses para quitação.

Além disso, o pleito apresentado ao Ministério da Economia traz considerações sobre a importância de, neste momento, estender o pagamento do seguro-desemprego e simplificar a concessão de férias coletivas e individuais.

 
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