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Negócios

Receita do comércio eletrônico do País é bastante concentrada em uma única empresa

Crescimento do setor tem desacelerado gradativamente desde 2013, assim como a expansão da B2W

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Receita do comércio eletrônico do País é bastante concentrada em uma única empresa

Em 2016, B2W foi responsável por mais de 20% da receita do comércio eletrônico brasileiro
(ARTE/TUTU)

O setor de comércio eletrônico cresceu 7,4% no Brasil em 2016. De acordo com a pesquisa Webshoppers, realizada pela Ebit, o faturamento das empresas de e-commerce atingiu R$ 44,4 bilhões.

Contudo, ao analisar os números do setor, percebe-se que uma única empresa, cuja receita em 2016 foi de R$ 10,5 bilhões, é responsável por mais de 20% do resultado geral.

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Um ranking feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), que catalogou as 50 maiores empresas de comércio eletrônico no País em 2015, aponta que os faturamentos de B2W, Cnova, Magazine Luiza, Privalia e Grupo Netshoes somaram, juntos, mais de R$ 20 bilhões naquele ano, valor superior a 51% da receita total do setor (41,3 bilhões).

Embora o e-commerce tenha registrado crescimento em 2016 – diferentemente de diversas outras atividades da economia –, a expansão de 7,4% foi bem menor do que nos anos anteriores. Desde 2013, aliás, o comércio eletrônico tem avançado a taxas gradativamente menores, o que demonstra os efeitos da crise econômica [veja o gráfico].

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Nesse período, a receita da B2W demonstra trajetória similar ao do setor como um todo. Líder no segmento, a companhia atua em mais de 40 categorias de produtos e serviços, e suas marcas mais conhecidas são Americanas.com, Submarino e Shoptime.

Em 2014, a companhia registrou alta de 30,6%, e no ano seguinte, 15,6%. Em 2016, quando o faturamento foi de R$ 10,5 bilhões, o resultado foi estável (leve alta de 0,1%).

Percebe-se, com isso, que o baixo desempenho da B2W influenciou bastante o resultado geral do comércio eletrônico no território nacional, tendo em vista que a receita da empresa corresponde a quase um quarto do faturamento do setor. Em 2015, quando o crescimento da companhia caiu pela metade do ano anterior, o mesmo comportamento foi observado no e-commerce como um todo, e isso se repetiu com a queda no ritmo de expansão no ano passado.

De toda forma, pode-se afirmar que a pior fase da crise econômica já passou. Com a inflação em queda, o que permite que o Banco Central continue reduzindo a taxa de juros, a tendência é de que o consumo volte a crescer.

Assim, o comércio eletrônico, na contramão de outros setores, deve registrar um crescimento nominal de 12% no faturamento neste ano, alcançando R$ 49,7 bilhões, segundo a Ebit. Para que isso ocorra, provavelmente será necessário que a B2W tenha um bom desempenho, uma vez que, caso a empresa obtenha um resultado fraco, pode impactar negativamente o setor.

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