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Economia

Recuperação do mercado de trabalho varejista no Estado de São Paulo em 2018 fica ameaçada

FecomercioSP teme que expectativa de aumento nas vendas no segundo semestre do ano não seja suficiente para que o setor encerre o ano com saldo positivo de empregos

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Recuperação do mercado de trabalho varejista no Estado de São Paulo em 2018 fica ameaçada

Varejo paulista elimina 175 vagas e tem o pior julho desde 2015; lojas de vestuário, tecidos e calçados estão entre os destaques negativos
(Arte: TUTU)

A recuperação do mercado de trabalho do varejo no Estado de São Paulo ficou ameaçada em 2018. Mesmo com a expectativa de expansão das vendas nesse segundo semestre, e de datas importantes do calendário varejista, como a Black Friday e o Natal, o desemprego continua elevado e isso impede o crescimento do consumo das famílias.

Contratar é uma forma de investimento que precisa de um ambiente com certa segurança econômica e política para que seja feita e, às vésperas das eleições, que ocorrem em outubro, é difícil prever como ficará a economia brasileira (em geração de empregos, investimentos e consumo das famílias).

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Essa conjuntura, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), tem afetado a criação de vagas formais do segmento desde o início do ano.

A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PESP Varejo), realizada mensalmente pela Entidade, aponta que abril foi o único mês em que o setor apontou saldo positivo (2.340 empregos). No acumulado do ano, 33.904 vagas foram fechadas, concentradas nos setores supermercadista e de vestuário, tecidos e calçados. Já o melhor resultado foi apurado pelas concessionárias de veículos (808 vagas).

Em julho, o comércio varejista paulista eliminou 175 empregos, sendo este o terceiro mês consecutivo com extinção de vagas com carteira assinada e o pior desempenho para o mês desde 2015.

Cinco das nove atividades analisadas registraram mais desligamentos do que admissões, com destaque, mais uma vez, para as lojas de vestuário, tecidos e calçados (-1.107 vagas) e para o grupo de outras atividades (-462 vagas). O setor é composto por combustíveis para veículos automotores; lubrificantes; livros, jornais, revistas e papelaria; artigos recreativos e esportivos; joias e relógios; gás liquefeito de petróleo (GLP); artigos usados e outros produtos novos não especificados.

Regiões
Em julho, o comércio varejista gerou novos vínculos celetistas apenas em quatro das 16 regiões analisadas, com destaque para a capital e para Osasco, na região metropolitana de São Paulo, com 1.053 e 723 novas vagas, respectivamente. Os destaques negativos ficaram por conta das regiões de Guarulhos (-763 vagas) e do Litoral (-454 vagas).

No comparativo anual, as maiores taxas de crescimento do estoque de empregados foram registradas nas regiões de Ribeirão Preto (0,9%), no interior paulista, e Osasco (0,6%).

O comércio varejista na região de Araçatuba encerrou o mês de julho com um estoque de 34.293 trabalhadores formais, retração de 2,3% em relação a julho do ano anterior, o pior desempenho entre as 16 regiões analisadas. Com estoque de 37.049 vagas ativas em julho de 2018, a região de Presidente Prudente mostrou queda de 2% em comparação com 2017, o segundo pior desempenho do Estado.

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