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Economia

Redução das incertezas e deflação abrem espaço para queda de 1 ponto porcentual da taxa Selic, aponta FecomercioSP

Segundo a Entidade, a atitude do Banco Central pareceu a mais sensata diante do atual cenário econômico

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Redução das incertezas e deflação abrem espaço para queda de 1 ponto porcentual da taxa Selic, aponta FecomercioSP

O ritmo de queda se manteve o mesmo das três últimas reuniões (1 p.p.) e trouxe, conforme projeção da Entidade, a Selic para um dígito logo no início do segundo semestre
(Arte/TUTU)

Para a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o Banco Central acertou ao reduzir a taxa Selic em 1 ponto porcentual (p.p.), passando de 10,25% para 9,25% ao ano. O ritmo de queda se manteve o mesmo das três últimas reuniões (1 p.p.) e trouxe, conforme projeção da Entidade, a Selic para um dígito logo no início do segundo semestre. Essa redução, segundo a Federação, é efeito da melhoria gradativa do ambiente político, mas sobretudo da deflação de junho, que deve ser seguida por novos indicadores inflacionários muito baixos em julho e agosto.

Na análise da Entidade, a atitude do Banco Central pareceu a mais sensata diante do quadro atual, no qual a inflação continua em queda e sem sinais de pressão, além do desemprego elevado. Apesar dos sinais de recuperação da atividade econômica, o patamar de partida é muito baixo.

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De acordo com a Federação, o aumento de incertezas decorrente do cenário político não foi capaz de interromper a queda da Selic. As decisões do Banco Central, segundo a Entidade, têm se pautado em argumentos técnicos, sem que o banco fique alheio aos meandros do ambiente político e os seus efeitos sobre o lado real da economia e sobre os mercados. Para a Federação, o órgão financeiro não faz política monetária olhando apenas para a inflação presente e acumulada no passado ou para a taxa de desemprego e nível de atividade instantâneo. Ele também a faz de olho nas projeções futuras, nos juros do mercado financeiro e no risco percebido pelos investidores. Neste momento, a Bolsa volta ao patamar de antes de maio (do epicentro da crise) assim como câmbio, juros futuros e mesmo o "Risco Brasil". 

O único fato negativo neste momento, segundo a Federação, está restrito ao aumento de tributos sobre os combustíveis, que deve pressionar não só os preços de álcool, gasolina ou diesel, mas também alguns outros preços em decorrência do aumento dos custos de transporte. Ainda assim, diante do cenário de fragilidade da demanda, a Entidade pondera que esse aumento representa muito mais um aperto orçamentário aos consumidores e empresários do que um efetivo risco inflacionário de longo prazo. Se mantido esse cenário, a FecomercioSP projeta que as taxas de juros podem continuar caindo nas próximas reuniões do Copom, e a Selic terminar o ano em, no máximo, 9% ou um pouco abaixo disso.

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