Negócios
23/06/2017Relações comerciais entre Brasil e Argentina são discutidas no evento Argentina Mais Fácil, na FecomercioSP
Com presença do cônsul Luis Ariel Castillo, painel apresentou pesquisa sobre perfil do consumidor do país vizinho
A participação do Brasil nas exportações argentinas já chegou a representar 30,8%, em 1998, mas atualmente se encontra em 15,6%
(Foto:TUTU)
Durante a tarde desta quarta-feira (21), a FecomercioSP recebeu o evento Argentina Mais Fácil, com a presença do cônsul geral da Argentina em São Paulo, Luis Ariel Castillo. Na ocasião, foi lançada a pesquisa “O Consumidor Argentino – Percepções sobre o Brasil e seus produtos”.
O conteúdo visa levar para empresas brasileiras – tanto as que já estão presentes no país vizinho quanto as que pretendem criar relações comerciais com ele – informações que possam somar conhecimentos sobre o mercado e os consumidores daquela região. O material aborda o perfil socioeconômico dos argentinos e seus comportamentos de consumo, demandas e expectativas. Apesar do desconhecimento da população argentina do Brasil a imagem dos nossos produtos marcas tem boa aceitação junto aos consumidores de lá.
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Além do lançamento da pesquisa, o evento contou com uma mesa de abertura composta por Castillo e, também, por Frederico Servideo, presidente da Câmara de Comércio Argentino Brasileira e Jean-Claude Silberfeld, da Fecomercio Internacional. Em sua fala, o cônsul afirmou que as situações domésticas do Brasil e da Argentina requerem atenção e são delicadas para novos negócios. “No Brasil, existe uma crise institucional grave, e na Argentina a política vai bem, mas a economia não consegue decolar. Porém, as oportunidades são agora e não esperam, por isso temos que buscar acordos mesmo não sendo a melhor situação”, afirmou Castillo.
Em seguida, Fernando Ribeiro, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea-RJ realizou a apresentação com o tema “A potencialidade da relação comercial entre Brasil e Argentina”. Ribeiro detalhou o histórico da relação econômica mantida pelos dois países e comentou aspectos políticos e financeiros capazes de fortalecer trocas dentro da América do Sul.
Segundo ele, a participação do Brasil nas exportações argentinas já chegou a representar 30,8%, em 1998, mas atualmente se encontra em 15,6%. O protagonismo da Argentina nas exportações brasileiras também sofreu queda: com pico positivo de 13,2%, em 1999, o dado atualmente está em 7,2%. “Hoje, os governos mantêm um discurso mais liberal, mas falta consenso sobre como e onde avançar na integração e quase não se fala em Mercosul. Parece que os países estão mais preocupados em cuidar de seus problemas domésticos, que são gravíssimos”, justificou.
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