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Negócios

Restaurante argentino de comida natural supera início difícil e planeja expansão no Brasil

Tea Connection precisou rever modelo de negócio para conquistar brasileiros

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Restaurante argentino de comida natural supera início difícil e planeja expansão no Brasil

Rede argentina precisou entender "clima tropical" para estabelecer os negócios no País
(Arte/Tutu)

Por Eduardo Vasconcelos

Com planos de abrir dez unidades no Brasil até 2020, o restaurante argentino de comida natural Tea Connection quase pôs tudo a perder ao apressar o processo de internacionalização. De acordo com o CEO da empresa, Ricardo Quiroz, a marca, quando veio ao Brasil, ainda não possuía experiência suficiente e errou ao tentar replicar o modelo de negócios argentino.

“Demoramos muito para aprender a falar com o consumidor brasileiro”, conta Quiroz. Isso porque a empresa abriu, há seis anos, duas unidades no País, mas logo teve que fechar uma delas em função do baixo número de clientes.

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“Quando abrimos as lojas no Brasil, só tínhamos três unidades na Argentina. Com três lojas, você tem de ficar na sua casa, aprender e errar muito. Depois, ter coragem para ir a outros mercados”, reflete o CEO da Tea Connection.

Após as dificuldades iniciais, o restaurante especializado em comidas naturais e chás gelados voltou a ter duas unidades em São Paulo, localizadas nos Jardins e no Itaim Bibi. A empresa também possui 17 lojas na Argentina, duas no Chile e uma no México.

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“Quando chegamos aqui, tentamos falar com o consumidor do mesmo jeito que falamos na Argentina e não nos atentamos à questão da tropicalização. Demoramos muitos anos para entender que há diferenças-chave entre os povos. Independentemente de tudo, o conceito é real. As empresas precisam entender a tropicalização para operar no Brasil”, afirma Quiroz.

Ele conta que o plano de expansão da marca foi elaborado há dois anos e que, de 2018 em diante, o foco seria o Brasil. A intenção é ter dez estabelecimentos da Tea Connection no País até 2020 e, depois, possivelmente abrir unidades da Green Eat, fast-food de comida natural do mesmo grupo.

“Na Argentina, vemos o Brasil como o filho vê o pai. Sabíamos que tínhamos errado no começo, mas não queríamos tirar o pé daqui. Estar no Brasil é um orgulho imenso”, salienta.

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