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Negócios

Saiba como se proteger do golpe do PIX errado

Com o surgimento de fraudes mais engenhosas, transferências monetárias e de pagamentos eletrônicos instantâneos precisam de ainda mais atenção

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Saiba como se proteger do golpe do PIX errado
FecomercioSP mantém diálogo constante com o Poder Público buscando um aprimoramento nos mecanismos de segurança e de combate aos golpes (Arte: TUTU)

No início de julho de 2024, o sistema de pagamentos instantâneos, o PIX, bateu o recorde de transações, com 224 milhões de transferências entre contas bancárias, conforme os dados do Banco Central (Bacen). Assim, diante do aumento no volume de operações, cresce também a possibilidade de erros, golpes e fraudes. Além disso, constantemente os criminosos desenvolvem novos métodos para prática desses crimes. 

Um exemplo é o “golpe do PIX errado”, que funciona da seguinte maneira: de início, os fraudadores fazem uma transferência para a conta da potencial vítima. Como uma das chaves PIX é o número de celular, é relativamente fácil para os criminosos obterem um número e conseguir transferir dinheiro. Em seguida, entram em contato com a vítima, geralmente via WhatsApp, alegando que uma transferência foi feita por engano e solicitam a devolução do valor para uma conta diferente da que fez a operação inicial. Quando a vítima devolve o dinheiro, os golpistas acionam o Mecanismo Especial de Devolução (MED), alegando fraude. Os bancos envolvidos, ao analisar a situação, percebem a triangulação (transferência recebida seguida de transferência para uma terceira conta) como típica de um golpe. Assim, o dinheiro é retirado da conta da vítima, resultando em um duplo prejuízo. 

O MED foi criado para facilitar a devolução de valores em casos de fraudes, aumentando as chances de a vítima reaver os recursos perdidos. No entanto, os criminosos utilizam esse procedimento de forma maliciosa, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima. Com a análise das transações, os bancos entendem a movimentação como suspeita e forçam a retirada do dinheiro da conta da pessoa que sofreu o crime. 

Há uma série de cuidados que podem ser tomados para evitar cair nesse tipo de golpe, como: 

  • verificar a identidade: antes de devolver qualquer valor, é importante verificar a identidade da pessoa que fez o contato. Se possível, entre em contato diretamente com o banco ou a instituição financeira para confirmar a transação; 
  • utilizar a função “devolver”: ao receber um PIX por engano, use sempre a função “devolver” no aplicativo do banco. Essa opção garante que o valor seja estornado para a conta original de onde veio a transferência, desconfigurando qualquer tentativa de fraude; 
  • desconfiar de solicitações de devolução para contas diferentes: nunca devolva dinheiro para uma conta diferente da que fez a transferência inicial. Esse é um dos principais sinais de golpe; 
  • educar-se financeiramente: manter-se informado sobre os diversos tipos de golpes financeiros é fundamental. Participar de programas de educação financeira pode ajudar a reconhecer e evitar a ocorrência dessas fraudes;
  • alertar amigos e familiares: compartilhar informações sobre golpes e como se proteger pode ajudar a reduzir o número de vítimas. Muitas vezes, pessoas próximas podem não estar cientes dos riscos e das medidas preventivas.

Conte com a FecomercioSP e proteja-se!

É importante ressaltar que as instituições financeiras estão constantemente aprimorando os sistemas de segurança para detectar e prevenir fraudes. No entanto, a conscientização e a vigilância dos usuários são essenciais para complementar essas medidas e garantir a confiabilidade das transações. Clique aqui e confira mais dicas de como utilizar o PIX de forma segura.  

Desde a criação do PIX, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mantém diálogo constante com o Poder Público buscando um aprimoramento nos mecanismos de segurança e de combate aos golpes, tendo em vista que, em muitas das ocorrências, a resolução é demorada — e a Justiça precisa ser acionada. A Federação avalia que medidas como restrição de valores para transferências noturnas foram bem-vindas, mas insuficientes para coibir os crimes. Confira, também, outros aprimoramentos que a Entidade pleiteia ao Bacen

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