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Economia

Saúde eleva custo de vida na RMSP no mês de abril

Variação positiva foi de 0,52%; no acumulado de 12 meses, indicador subiu 4,32%

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Saúde eleva custo de vida na RMSP no mês de abril
Os remédios hipotensores e hipocolesterolêmicos registraram aumento médio de 5,9% no mês, seguidos dos psicotrópicos e dos analgésicos (Arte: TUTU)

O custo de vida na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) registrou variação positiva de 0,52% em abril, ante 0,55% de março. O grupo de saúde foi o que mais contribuiu para esse resultado: com alta de 2%, o setor foi responsável por 0,25 ponto porcentual (p.p) para o desempenho geral —representando quase metade do índice.

Nos quatro primeiros meses de 2023, apontou-se uma alta acumulada de 2,22%. Em 12 meses, o indicador apresentou elevação de 4,32%. Os dados são do levantamento mensal Custo de Vida por Classe Social (CVCS), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). De acordo com a Entidade, os números do mês passado não surpreendem, uma vez que o reajuste anual dos medicamentos, que passou a vigorar no dia 1º de abril, foi anunciado na divulgação dos dados da pesquisa de março.

Os remédios hipotensores e hipocolesterolêmicos registraram aumento médio de 5,9% no mês, seguidos dos psicotrópicos (4,3%) e dos analgésicos (2,9%). Também contribuíram para a alta os itens de higiene e cuidados pessoas, como produtos para pele (3,3%) e dermatológicos (6,9%) e sabonete (1,2%). Pelo lado dos serviços, os planos de saúde apresentaram crescimento mensal de 1,2%. Ainda sobre o segmento de saúde, as faixas de renda que mais sofreram foram as mais baixas. Para a classe E, por exemplo, a variação mensal do grupo foi de 2,76%, ao passo que para a classe mais elevada (A), a alta foi de 2,1%.

Indicadores em alta

Dentre os nove grupos que compõem o indicador, apenas um encerrou o quarto mês do ano com decréscimo nas variações médias: habitação (-0,06%). Por outro lado, a segunda maior pressão altista, no período, foi do grupo de transportes, com vairação de 0,41% e 0,09 p.p. de participação no resultado geral. Vestuário apresentou elevação de 1,18%. O índice gerou impacto absoluto de 0,07 p.p. para o desempenho geral. Segundo o levantamento, o cenário pode ser explicado por uma combinação entre custo mais elevado das matérias-primas, troca de coleção e antecipação do frio na capital — os consumidores tiveram de tirar mais cedo as malhas do armário.

Já alimentos e bebidas registram incremento médio de 0,27%, contribuindo com 0,06 p.p. para o resultado do indicador. Os preços subiram mais na alimentação fora do domicílio (0,51%) do que nos mercados (0,12%). Neste último, o tomate foi o grande vilão do mês, com aumento mensal de 15,6%. As demais elevações foram observadas nos grupos de artigos do lar (0,64%), despesas pessoais (0,32%) e educação (0,07%), com soma das contribuições de 0,06 p.p.

Expectativa de alta

De acordo com a FecomercioSP, deve haver avanço menor nos preços para o resto do ano, sem grandes eventos atípicos. Cenário esse impulsionado muito provavelmente pela redução nos preços dos combustíveis, anunciada pela Petrobras neste mês. A medida deve impactar positivamente, de forma direta, o grupo de transportes, e de forma indireta (dado o custo logístico menor), os preços nas gôndolas dos supermercados, com reflexos em toda a cadeia econômica. 

Ainda segundo a Federação, um custo de vida menor significa alívio maior ao bolso do consumidor. Como resultado, deve haver ampliação do consumo e quitação de dívidas atrasadas. Embora a maioria dos preços tenha subido em abril, o ritmo menor em relação ao ano passado traz um cenário mais otimista para 2023, sobretudo para as famílias de renda mais baixa.

Varejo e serviços acumulam alta

O Índice de Preços do Varejo (IPV), da CVCS, acumulou alta de 0,51% no mês passado. Dentre os oito grupos estudados, saúde e cuidados pessoais foi o que mais pressionou, ao apresentar variação de 2,72%. Elevação também foi observada no Índice de Preços dos Serviços (IPS), da CVCS: 0,52% no período. Dentre os oito grupos que compõem o indicador, houve avanço significativo nos transportes, com alta de 1,37%. O segmento de saúde e cuidados pessoais foi o responsável pela segunda maior pressão de alta, com variação de 1,06%.

Acompanhe as diferentes pesquisas análises setoriais realizadas pela FecomercioSP e tenha mais conhecimento do mercado.

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