Economia
07/08/2025Segmentos mais impactados pelo Dia dos Pais devem faturar R$ 1 bilhão a mais do que em 2024 em São Paulo
Data servirá como termômetro da economia do País no segundo semestre

Neste mês de agosto, as atividades varejistas mais impactadas pelo Dia dos Pais devem faturar 3,7% a mais em relação ao mesmo mês do ano passado [tabela 1], segundo projeções feitas pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Para o Estado de São Paulo, a expectativa é que as vendas atinjam R$ 30 bilhões, o que significa um montante R$ 1 bilhão superior ao apurado em agosto de 2024. O desempenho da capital deve ser menor do que o estadual: alta de 2,7% nas vendas.
Na visão da FecomercioSP, por abrir o calendário de datas comemorativas do segundo semestre, o Dia dos Pais é uma ótima oportunidade para o varejo avaliar e ajustar estratégias. De um lado, o setor começa a sentir os efeitos do ciclo de alta da taxa básica de juros e, de outro, segue estimulado pelo mercado de trabalho aquecido.
A data, então, pode ser considerada um “termômetro” de como serão as vendas no resto do ano, fornecendo informações importantes aos negócios sobre como se planejar melhor com as compras, os estoques e o quadro de colaboradores, por exemplo.
Eletrônicos dão o tom
Tanto no Estado quanto na capital, vendas de eletrodomésticos, eletrônicos e itens dessa espécie vão puxar a expansão do varejo neste Dia dos Pais. E é na cidade de São Paulo onde vão crescer mais: quase 10%, o que representa um salto de R$ 223,7 milhões em receitas.
No Estado, por sua vez, a elevação será de 6,2%. Isso acontecerá porque ainda há um bom volume de demanda por esse tipo de produto e, em paralelo, os juros não devem impedir a oferta de crédito – já que boa parte desses itens costumam ser pagos a prazo. Análises qualitativas têm apontado, por sua vez, que eles são mais procurados para presentear os pais porque carregam apelo emocional.
Depois desse segmento, quem deve aproveitar o Dia dos Pais são as lojas de roupas, tecidos e calçados. Em nível estadual, a alta será de 4% e, na capital, de 2,2%. A diferença pode ser motivada por uma diferença no ciclo de consumo, e por um maior número de ações promocionais no interior.
A única distinção nos desempenhos virá das farmácias e perfumarias: enquanto o Estado vai crescer 1,9%, a capital vai perder faturamento (-1%). O setor de farmácias e perfumarias está em ampla expansão no interior do estado, buscando estar cada vez mais perto dos consumidores e isso acaba contribuindo para esse crescimento acima da média estadual.