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27/12/2024Segurança pública na cidade de São Paulo: medidas pretendem reduzir roubos e furtos de carga
Conselho do Comércio Atacadista da FecomercioSP pleiteia medidas de segurança pública à Prefeitura de São Paulo
O Conselho do Comércio Atacadista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) encaminhou, ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, sugestões que visam contribuir para a redução dos roubos e dos furtos de carga na capital paulista. As medidas têm em vista a diminuição dos crimes e o aumento da segurança.
Os delitos na capital paulista prejudicam especialmente as atividades relacionadas ao comércio atacadista, cujo exercício inclui o abastecimento dos estabelecimentos varejistas e de serviços. Apesar de os resultados recentes dos índices relacionados a esses tipos de crimes terem diminuído no Estado, ainda seguem elevados. Além disso, a adoção de ações por parte da municipalidade poderá trazer melhores resultados no combate a essas práticas, com benefícios para a atividade empresarial e todo o restante da população.
Análise com base em dados públicos realizada pelo Centro de Estudos em Economia do Crime da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), exposta em reunião do Conselho do Comércio Atacadista da Entidade, apurou que, em 2023, enquanto Minas Gerais e Rio de Janeiro registraram, respectivamente, 487 e 3.225 roubos de carga, a incidência desse tipo de ação delituosa em São Paulo foi de 6.063 casos. O estudo aponta ainda que 80% dos roubos de carga no território paulista ocorreram em áreas urbanas, bem como que a capital está no topo da lista das dez cidades com maior incidência, com 2.704 ocorrências — seguida por Guarulhos, que registra 279 delitos. O quadro a seguir registra os bairros da capital paulista de maior incidência, com base nesse levantamento.
Diante desse cenário, a FecomercioSP solicitou a implementação das seguintes medidas à Prefeitura de São Paulo.
1. Melhoria da iluminação pública
- Torná-la mais eficiente e reforçada em áreas identificadas pelas estatísticas de segurança como de maior vulnerabilidade: zonas de carga e descarga, vias urbanas com elevado fluxo de transporte de cargas e regiões industriais.
- Estabilizar e modernizar o funcionamento em condições meteorológicas adversas, de forma a promover visibilidade e sensação de segurança.
2. Atuação incisiva da Guarda Civil Metropolitana
- Reforçar as áreas críticas.
- Monitorar e fazer o patrulhamento de corredores logísticos e rotas urbanas utilizadas por transportadores de carga.
- Ampliar os programas de inteligência e vigilância, utilizando sistemas de monitoramento por câmeras em tempo real e outras tecnologias de suporte.
3. Parcerias e planejamento
- Coordenar ações conjuntas entre prefeitura, empresas de transporte, associações de logística e seguradoras para identificar os principais problemas e implementar soluções preventivas.
- Desenvolver planos de segurança para áreas consideradas críticas com base em dados estatísticos, visando reduzir as oportunidades de ação criminosa.
No dia 10 de dezembro, a Federação reforçou o apoio ao Projeto de Lei estadual (PL) 1.702/2023, que visa ao reconhecimento das guardas municipais como órgãos de segurança pública, atualmente em tramitação na Assembleia Legislativa (Alesp), proposição que, se aprovada, alcançará a todos os municípios do Estado. Essa proposta é vista pela Entidade como essencial para fortalecer a segurança em nível municipal, integrando as guardas de forma mais efetiva ao sistema de segurança pública do Estado, ressaltando a necessidade de ações coordenadas para conter esse tipo de crime — que tem causado prejuízos relevantes ao setor. Para mais informações e medidas de segurança no Comércio, inclusive no varejo, acesse a plataforma Fecomercio Lab.
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