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Negócios

Setor de moda deve priorizar competitividade e produtividade

Durante evento da FecomercioSP em parceria com o Estadão, profissionais citaram a redução dos tributos como chave para alavancar negócios da moda

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Setor de moda deve priorizar competitividade e produtividade

Reformas para contribuir com o crescimento do setor brasileiro de moda precisam considerar, primordialmente, a competitividade e produtividade, de acordo com o CEO da Riachuelo, Flávio Rocha, que participou do Fórum Negócios da Moda. O evento foi realizado pela FecomercioSP em parceria com o Estadão e contou com o apoio da Senac, Abit, Abest, Lojas Renner e Belas Artes. O encontro aconteceu nesta terça-feira (28) e reuniu 555 participantes, entre empresários, estudantes e profissionais do setor para discutir os entraves e o futuro do setor no Brasil.

Para Flávio Rocha, existe uma emergência em criar condições para alavancar o setor, tornando-o mais competitivo, tanto no mercado interno quanto externo. Entre as ações, ele sugere otimizar as regulações e normas que incidem sobre a atividade, assim como a legislação ambiental rígida do País e a pressão tributária. "O atual modelo não será sustentável no longo prazo. As reformas que têm sido feitas só levam a frustrações", critica.

O CEO da Riachuelo comentou sobre a operação da empresa, que atua na indústria e no varejo. "O varejo pode lidar um pouco melhor com a perversidade tributária porque compete geograficamente. A maldade que é feita comigo é feita contra todo mundo. O dano maior fica para a confecção. Na nossa própria empresa, produzíamos, em 2010, tudo o que vendíamos. De lá pra cá, a empresa duplicou fisicamente, mas a produção interna caiu pela metade. Nossa operação em Xangai, que era de 5%, hoje é de 30%", exemplificou. De acordo com Rocha, os tributos brasileiros contribuíram para essa reorganização da produção.

O presidente da Abest, Roberto Davidowickz, comentou o entrave no mercado da moda, citando a mão de obra do designer. Segundo ele, o profissional e a produção brasileira são atraentes no exterior. "A gente é bem-visto pelo mercado comprador internacional por não ser a 'mesmice' das grandes marcas do exterior, que estão há muitos anos no mercado. A gente pode entrar nesse mix de novos produtos, mas a competitividade é o que está nos atrapalhando", explicou.

A tecnologia da matéria-prima também foi citada por Davidowickz como obstáculo para a moda brasileira se destacar mais ainda, considerando que, muitas vezes, precisa comprar de fora um material mais desenvolvido para criar peças inovadoras. "Se isso for resolvido internamente, vai ajudar muito o designer, que é o valor agregado da cadeia final de produção. Vai melhorar internamente e especialmente para exportação".

O diretor de projetos especiais do Estadão, Ernesto Bernardes, foi o mediador do debate.

Para conferir mais informações sobre o Fórum Negócios da Moda, clique aqui.

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