Economia
20/10/2017Setor de serviços paulista abre quase 12 mil novas vagas de emprego formal em agosto
Segundo pesquisa da Entidade, com a geração de 11.961 empregos formais em agosto, o estoque de trabalhadores atingiu 7.355.232
Apesar do saldo positivo, nota-se intensa eliminação de empregos formais no segmento de serviços administrativos e complementares (-9.570 vagas)
(Arte/TUTU)
Em agosto, o saldo do mercado de trabalho no setor de serviços do Estado de São Paulo permaneceu positivo, com a criação de 11.961 empregos formais, resultado de 190.391 admissões contra 178.430 desligamentos. Dos resultados apurados nos meses de agosto, observa-se que o dado de 2017 é o melhor desde 2014 e supera o saldo líquido do mesmo mês de 2016 em mais de 10 mil vagas. Por outro lado, entre os meses de janeiro a agosto de 2017, foram criados 61.116 novas vagas, o que demonstra recuperação do setor em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram perdidos 40.310 empregos. Nos últimos 12 meses, porém, foram eliminados 29.085 postos de trabalho - terceira vez consecutiva que se registrou saldo negativo para o mesmo período -, no entanto, em ritmo inferior ao observado em 2016, quando mais de 158 mil postos de trabalho foram fechados. Com isso, o estoque ativo atingiu 7.355.232 trabalhadores em agosto, queda de 0,4% na comparação com 2016.
Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Setor de Serviços do Estado de São Paulo (PESP Serviços), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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Entre as 12 atividades pesquisadas, três apresentaram alta no estoque de empregos na comparação com agosto de 2016: os serviços médicos, odontológicos e serviços sociais (2,4%); profissionais, científicas e técnicas (0,5%); e alojamento e alimentação (0,3%). Os destaques negativos ficaram por conta das atividades de transporte e armazenagem (-2,5%); financeiras e de seguros (-1,6%); e outras atividades de serviços (-1,3%).
Em termos absolutos, o grupo de serviços de transporte e armazenagem também se destacou, com o fechamento de 18.719 vagas, puxado pelos serviços de transporte de carga (-7.740 vagas). Nota-se também uma intensa eliminação de empregos formais no segmento de serviços administrativos e complementares (-9.570 vagas), sendo -7,2 mil concentrados em serviços de segurança privada. Do lado positivo, o bom desempenho ficou por conta do mercado de trabalho dos serviços médicos, odontológicos e sociais, com a abertura de 17.898 novas vagas entre setembro de 2016 e agosto de 2017.
Segundo a FecomercioSP, o desempenho positivo do mercado de trabalho no setor de serviços foi impulsionado pela sazonalidade trazida pelas atividades educacionais, responsável por mais da metade das vagas abertas em virtude do início do segundo semestre do ano letivo. Vale ressaltar que 7 das 12 atividades geraram vagas, e nos cinco grupos com mais desligamentos que admissões, o saldo negativo foi pouco significativo.
Para a Federação, o resultado do quadro de celetistas no setor de serviços do Estado de São Paulo demonstra um processo de reação do mercado de trabalho, também observado no acumulado do ano, já que nesses oito meses foram mais de 60 mil vagas geradas, ainda insuficientes para repor os 240 mil postos de trabalho perdidos entre 2015 e 2016, mas a perspectiva é de que os saldos positivos de empregos previstos para os próximos meses possibilitem que o setor encerre 2017 com um desempenho geral positivo. Segundo a Entidade, esses resultados são sinais claros de reaquecimento econômico, pois os serviços cruzam a economia transversalmente, sendo um importante termômetro do ritmo de seu desempenho.
Capital paulista
Seguindo o mesmo ritmo estadual, o setor de serviços na cidade de São Paulo gerou 4.689 empregos formais, resultado de 84.470 admissões contra 79.781 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo ficou positivo em 26.416 empregos, e na somatória dos últimos 12 meses, 3.227 empregos foram eliminados, o que representa uma redução de 0,1% do estoque total de trabalhadores, atingindo 3.492.212 empregados.
Mesmo com o bom desempenho geral, sete das 12 atividades analisadas registraram fechamento de postos de trabalho no mês, com destaques para outras atividades de serviços (-379 vagas); transporte e armazenagem (-231); e financeiras e de seguros (-227). Os maiores saldos positivos foram vistos nos segmentos de educação (2.611 vagas); médicos, e odontológicos e serviços sociais (1.260); e profissionais, científicas e técnicas (1.158).
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