Economia
15/05/2017Setor de serviços paulistano registra alta de 1,6% e cresce pelo terceiro mês seguido
Segundo pesquisa da Entidade, setor faturou R$ 20,3 bilhões em março, cerca de R$ 324 milhões acima do valor apurado no mesmo mês do ano passado
Com alta de 13,3%, saúde está entre as atividades que registraram crescimento no faturamento real em março, no comparativo com o mesmo mês de 2016
(Reprodução/FreePik)
O setor de serviços na cidade de São Paulo dá continuidade ao processo de crescimento que se iniciou em janeiro e já contabiliza faturamentos maiores que os registrados em 2016. Em março, o faturamento real do setor registrou alta de 1,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior e atingiu R$ 20,3 bilhões, R$ 324 milhões acima do valor apurado em março de 2016.
Assim, o primeiro trimestre deste ano acumula crescimento de 2,5%, totalizando um faturamento real de R$ 68,9 bilhões. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), que traz o primeiro indicador mensal do setor de serviços em âmbito municipal elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A análise é feita com base nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo, fornecidos pela Secretaria Municipal da Fazenda. O município de São Paulo tem grande relevância nos resultados estaduais e nacionais do setor de serviços, representando aproximadamente 20% da receita total gerada no País.
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Das 13 atividades avaliadas, apenas quatro registraram crescimento no faturamento real em março, no comparativo com o mesmo mês de 2016, e garantiram o bom desempenho do setor: saúde (13,3%); agenciamento, corretagem e intermediação (9,5%); Simples Nacional (6,5%); e serviços bancários, financeiros e securitários (6,3%). Somadas, essas atividades colaboraram positivamente com 3,9 pontos porcentuais (p.p) para o resultado geral.
Segundo a assessoria técnica da FecomercioSP, assim como nos meses anteriores, essa alta expressiva nas receitas do segmento de saúde pode ser explicada, em parte, pelo elevado índice de desemprego, uma vez que as pessoas tentam antecipar consultas e exames enquanto ainda dispõem de plano de saúde e também por um provável aumento da demanda em redes particulares, principalmente dentro de um novo nicho de mercado, que são as clínicas com preços populares.
Os piores resultados foram vistos nas atividades de turismo, hospedagem, eventos e assemelhados (-30,6%); técnico-científico (-11,8%); conservação, limpeza e reparação de bens móveis (-8,0%) que, em conjunto, impactaram negativamente com 1,4 p.p. para rebaixar o faturamento do setor de serviços paulistanos em março. Para a Entidade, a atividade turística como um todo foi fortemente impactada pela crise econômica que se assolou pelo País atingindo, inclusive, o turismo de negócios da cidade de São Paulo. Com o orçamento mais restrito, tanto as famílias como as empresas vêm realizando ajustes de forma a otimizar e postergar esses gastos. As empresas reduziram o número de executivos que participam de eventos, avaliando a necessidade de fazer esse tipo de investimento.
De acordo com a FecomercioSP, o setor de serviços na capital paulista registrou crescimento das vendas pelo terceiro mês consecutivo. Além disso, quando se analisa o comparativo dos últimos 12 meses, os resultados negativos vêm se desacelerando desde setembro de 2016, sinalizando para uma lenta, mas considerável, tendência de retomada nas receitas do setor de serviços na cidade de São Paulo.
Em linhas gerais, a Federação acredita que a conjuntura econômica começa a dar sinais de melhora, refletidos na queda da inflação e da taxa de juros, o que acaba por colaborar para a melhoria nos indicadores de confiança dos consumidores e empresários.
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