As empresas do setor de Turismo da cidade de São Paulo devem se preparar para uma agenda de oito festivais com potencial para aquecer o mercado de outubro até o fim do ano. O calendário foi um dos temas debatidos na mais recente reunião do Conselho de Turismo, da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), em setembro, que contou com a participação de especialistas e representantes de empresas do segmento.

“Festivais atraem moradores da capital paulista, assim como de municípios próximos e de outros Estados. São pessoas que aproveitam a viagem para determinado evento e acabam por visitar ainda pontos turísticos, conhecer restaurantes etc. Esse público, além de gastar com transporte aéreo ou rodoviário, tem despesas com hospedagem, lazer, compras e alimentação. Tudo isso reflete no turismo, que ainda precisa de mais mão de obra para atender à demanda”, salientou Guilherme Dietze, coordenador do Conselho de Turismo.

Um exemplo de sucesso é o The Town 2023, que recebeu 500 mil pessoas e gerou impacto econômico de R$ 1,7 bilhão, de acordo com pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) realizada em parceria com a SPTuris. A taxa de ocupação hoteleira chegou a 85% na capital paulista graças ao evento, realizado no Autódromo de Interlagos em cinco dias de setembro.

Guardadas as proporções com o megaevento, São Paulo vai receber festivais com atrações de diversos estilos musicais com possibilidade de uma nova movimentação financeira no setor. 

Veja a lista de próximos festivais em São Paulo a seguir.

• Batekoo — Neo Química Arena (7 de outubro);
 • Sons da Rua — Memorial da América Latina (14 de outubro);
 • Dekmantel Festival — Barra Funda (3 e 4 de novembro);
 • Replay Festival — Centro Esportivo Tietê (4 de novembro);
 • Resenha Festival — Parque Villa-Lobos (4 de novembro);
 • GPWeek — Allianz Parque (4 e 5 de novembro);
 • Balaclava Fest — Tokyo Marine Hall (19 de novembro);
 • Primavera Sound — Autódromo de Interlagos (2 e 3 de dezembro).

Diferentemente do The Town, os eventos citados acima são festivais com características mais nichadas e público, em sua grande maioria, de moradores da cidade. Ainda assim, os empresários podem (e devem) aproveitar para buscar algum tipo de retorno. 

A primeira orientação é ficar atento ao calendário e verificar como a empresa pode agregar produtos e serviços a determinado evento.

Dicas aos empresários

Da lista divulgada pela Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo (Setur), o destaque é o Primavera Sound, que, no ano passado, registrou movimentação financeira total de R$ 385 milhões. 

Um outro exemplo interessante é o festival GPWeek, que ocorrerá no mesmo fim de semana do GP de Fórmula 1, ou seja, uma estratégia para tentar cativar parte do público que estará no Autódromo de Interlagos pela manhã, para assistir aos shows ao fim do dia.

Outra opção é trabalhar com decoração temática, seja no caso da Fórmula 1, seja no caso do CCXP, para atrair público para um bar ou restaurante. Vale também analisar o oferecimento de transportes (como um transfer) a grupos maiores, pois, em grandes eventos, há mais dificuldade com a logística de chegada e saída de pessoas aos locais.

Outros eventos

Outros tipos de eventos também devem colaborar, e muito, para o Turismo paulistano, como o GP São Paulo, a CCXP e o Réveillon. Só no ano passado, esses três, somados, movimentaram quase R$ 2,5 bilhões. Em novembro de 2022, a taxa de ocupação nos hotéis foi a maior durante o ano (71%), certamente influenciada pela Fórmula 1. Haverá, ainda, shows internacionais ao longo do segundo semestre, como os de Taylor Swift, Rod Stewart, Roger Waters, Måneskin, Red Hot Chilli Peppers, RBD e Alanis Morissette.

Atenção!

Independentemente do evento, a FecomercioSP recomenda que o empresário se atente a logos e marcas para não ferir os direitos de uso de exclusividade de imagem.

Saiba mais sobre o Conselho de Turismo aqui.