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11/11/2014Soluções de segurança para cartões de crédito viabilizam compras online
Receio de fraudes é principal entrave para comércio eletrônico entre internautas que não compram na internet
O receio de fraudes em compras online é um dos principais fatores que impede que boa parte dos consumidores sejam adeptos ao comércio eletrônico. Segundo a pesquisa “O Comportamento dos Usuários na Internet - 2014”, da FecomercioSP, 41,4% não realizam compras pela internet e, desse total, 25,7% não o faz por temor de ser vítima de um golpe.
Para aumentar a segurança desses consumidores, os bancos e as credenciadoras de cartão de crédito têm desenvolvido soluções para tornar a compra mais resistente aos riscos de violações.
Exemplo dessa tecnologia é o recente lançamento de um cartão virtual para compras na web, criado pelo Banco do Brasil (BB) para os portadores de cartões Ourocard. O modelo, que é multibandeira e multifunções, tem a característica de ser um "espelho" do cartão principal do cliente, sendo desenvolvido virtual e instantaneamente para o usuário utilizar em lojas eletrônicas.
O Ourocard-e é criado a partir das necessidades individuais do cliente, contendo as características escolhidas por ele, como data de validade, definição de limite de crédito para aquisições em sites, quantidade máxima de transações por cartão e a possibilidade de ser utilizado no exterior.
A intenção do modelo é ampliar a segurança do usuário ao dificultar a ação de ameaças, no qual o consumidor fornece na internet apenas os dados selecionados no cartão para efetuar uma compra.
Para o presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP, Pedro Guasti, tecnologias que ampliem a segurança nas compras online são essenciais. "Esse tipo de alternativa de solução é importante porque o setor de comércio eletrônico é formado principalmente por empresas que não têm uma marca estruturada, reconhecida e forte. Existem mais de 25 mil lojas virtuais e a grande maioria é de micro e pequenas. Quando surge esse tipo de cartão, aumenta a sensação de segurança para o consumidor", comenta.
De acordo com Guasti, a solução deve impactar principalmente os consumidores receosos e aqueles que desejam comprar em lojas virtuais menos conhecidas.
O HSBC também oferece tecnologias especiais para compras online, como o Token, que funciona como uma identidade digital do cliente. O dispositivo gera um código de acesso com seis dígitos, numéricos e aleatórios, o qual é destinado a autenticar as aquisições em ambiente virtual.
Simplicidade e segurança
O coordenador do comitê de segurança e prevenção a fraudes da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), Henrique Takaki, comenta que as soluções de autenticação são seguras. "As soluções de autenticação são o futuro, assim como carteiras virtuais com identificações mais apuradas. É com isso que o comércio precisa se preocupar. O que precisa ocorrer é um aprimoramento dessas soluções, técnicas de identificação e autenticação", avalia.
Para as novas tecnologias, Takaki sugere a simplicidade como primordial para o sucesso entre os usuários. "O aprimoramento precisa ser simples e seguro porque as pessoas costumam se afastar de autenticações muito difíceis de fazer", indica.
Pedro Guasti, da FecomercioSP, ressalta ainda, que o cartão de crédito é uma solução mais segura se comparada ao boleto bancário. "As lojas problemáticas vão incentivar o pagamento em boleto ou transferência porque dificulta o retorno do dinheiro. No cartão de crédito, se tiver algum problema, é possível abrir uma ocorrência na administradora".
Responsabilidade das lojas virtuais
Guasti também sugere participação das lojas virtuais no processo de acolher consumidores receosos. "A loja precisa colocar bem visível para o cliente os selos e as certificações de segurança. Quando o site diz para o consumidor que o ambiente é seguro e possui, por exemplo, o selo E-bit em vários locais, ele está transferindo a reputação de uma empresa responsável para aumentar a sensação de segurança para o consumidor", exemplifica.
O presidente do Conselho de Comércio Eletrônico da FecomercioSP recomenda reduzir a quantidade de informações solicitadas na operação para fechar a compra, deixar clara a política de privacidade da empresa e informar os dados institucionais da companhia, como razão social e endereço físico. "Passar mais informações sobre a empresa ajuda a aumentar a confiança de comprar naquele site", complementa.
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