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Negócios

Stefanini recorre à internacionalização para se manter no mercado

No exterior, empresa brasileira iniciou operações do zero antes de realizar aquisições de empresas

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Stefanini recorre à internacionalização para se manter no mercado

Empresa contou com o apoio dos clientes multinacionais ao abrir instalações no exterior
(Arte: TUTU)

Com a entrada de corporações estrangeiras no mercado nacional durante a década de 1990, a Stefanini, empresa brasileira de soluções de tecnologia da informação (TI), optou por internacionalizar seus negócios a competir por um mesmo mercado. Hoje, pouco mais de 20 anos após iniciar a primeira operação internacional, a empresa atua em 41 países e tem 40% do faturamento provindos do exterior.

Fundada em 1987, a Stefanini abriu a primeira subsidiária internacional na Argentina, em 1996, expandindo as atividades pela América Latina nos anos seguintes. Nesse processo, contou com o apoio de seus clientes multinacionais ao abrir instalações no exterior.

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“Em 2001, decidimos dar um passo mais arrojado e entrar nos Estados Unidos. Esse modelo foi fundamentado com projetos greenfield, que são operações que começam do zero”, conta o vice-presidente de contas globais da Stefanini, Ailtom Nascimento. “É difícil começar do zero no exterior, principalmente no setor de serviços, porque é uma área em que você tem de mostrar as suas competências, diferentemente de um produto acabado, que segue certificações e normas técnicas para ser comercializado.”

Os investimentos em greenfield duraram até a crise financeira de 2009, quando a desvalorização do dólar e de demais ativos permitiu que a empresa continuasse a sua expansão internacional por meio de aquisições, sendo as compras da TechTeam e da CXI as mais importantes “Com isso, tivemos uma expansão natural dada a capacidade que tínhamos de prover novos serviços e aproveitamos a capilaridade das companhias adquiridas para alavancar as atividades no exterior”, relembra Nascimento.

Presente em todos os continentes, a Stefanini figura na quinta posição do ranking da Fundação Dom Cabral que aponta as empresas brasileiras mais internacionalizadas no ano passado. No Brasil e na América Latina, a empresa se destaca por apresentar soluções de TI na área financeira. Nas demais partes do mundo, tem forte participação nas indústrias automotiva, farmacêutica e de manufaturas.

Como a recuperação da economia brasileira após a crise em 2015 e 2016 tem sido lenta, a empresa espera elevar as receitas provenientes do exterior. “A expectativa é que as operações fora do País respondam por 75% do faturamento. Os últimos anos não foram fáceis no Brasil, então, o caminho natural é aproveitar as oportunidades que estão aparecendo em outros mercados”, comenta Nascimento.

Em material desenvolvido para o setor de Serviços, a cartilha O que você precisa saber para exportar, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) sustenta a iniciativa da Stefanini de se internacionalizar, uma vez que a expansão dos negócios para o exterior permite maior crescimento da empresa e diversificação dos mercados em que atua, o que reduz os impactos negativos de uma oscilação na economia local.

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