Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Negócios

Supermercados começam a investir em caixas de autoatendimento no Brasil

Com o sistema, diminuição das filas varia entre 30% e 50% em comparação aos caixas convencionais

Ajustar texto A+A-

Supermercados começam a investir em caixas de autoatendimento no Brasil

Projetos experimentais no estado de São Paulo têm facilitado o dia a dia dos clientes
(Arte: TUTU)

Conhecido no exterior como self-checkout na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Canadá, caisses automatiques  na França e  fai da te na Itália, os caixas de autoatendimento têm começado a conquistar o seu espaço nos supermercados do Brasil. Com eles, o cliente não precisa do auxílio direto de um funcionário para o registro e o pagamento das compras, pois permite que o próprio consumidor faça todo esse processo de forma rápida e otimizada.

De acordo com o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso Gonçalves, as lojas-conceito e os supermercados mais modernos têm introduzido, de forma gradual, essa tecnologia. “Normalmente, é colocado um módulo de caixas de autoatendimento para testar a reação do consumidor, e só depois o serviço é ampliado com mais caixas para outras lojas da rede”, explica.

Veja também
FecomercioSP apresenta características de um bom vendedor no comércio
FecomercioSP orienta empresários e reforça a importância das normas legais de afixação de preços no varejo

Segundo Gonçalves, pesquisas apontam que cerca de 60% das pessoas no País querem usar o autoatendimento, e os supermercadistas entendem que essa é uma tendência para o futuro. “O setor tem investido cada vez mais em experiência do consumidor, inclusive na mitigação do que causa atritos, como filas e tempo de pagamento. Com o self-checkout, a diminuição das filas nos caixas-rápidos varia entre 30% e 50%”, comenta.

A rede de supermercados Carrefour tem testado, desde o ano passado, esse sistema de pagamento na loja conceito localizada no bairro Jardins, em São Paulo, que conta com seis caixas de autoatendimento. Para a empresa, o investimento na transformação digital de suas operações tem o objetivo de oferecer soluções e serviços que facilitem o dia a dia dos clientes, que podem escanear cada um dos códigos de barras dos produtos e efetuar o pagamento via cartão de crédito ou débito, com limite de até 15 itens.

Seguindo essa tendência de inovação nas compras, a rede de supermercados Pague Menos também desenvolveu um sistema de operação assistida com o operador de caixa chamado “Jade”, que não tem limite de quantidade. “O túnel de 360º lê todos os códigos que estão na esteira e tem a capacidade de reconhecer as imagens do produto, e se for passado um fardo de refrigerantes, por exemplo, ele faz automaticamente a multiplicação”, esclarece o diretor de TI da empresa, Rodrigo Bauer.

No projeto experimental presente em duas unidades da rede, nas cidades de Nova Odessa e Campinas, o funcionário do supermercado atua de forma mais passiva e apenas verifica se os produtos são passados corretamente. “O nosso mecanismo pode ser, em média, cinco vezes mais rápido que o convencional. Além disso, a probabilidade de erro é mínima, e temos segurança no que é passado a cada compra”, declara Bauer, que também aponta que o equipamento é imponente e atrai a atenção do consumidor ao entrar na loja.

Outro lado

Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios do Estado de São Paulo (Sincovaga-SP), Álvaro Furtado, os caixas de autoatendimento ainda estão muito longe da realidade brasileira.

“Não há uma iniciativa de respaldos cultural e financeiro. Como essa questão envolve custos, máquinas caras e mudança em uma série de sistemas, ela precisa ser avaliada. Saímos de uma crise econômica sem precedentes na história, e há uma retração de ganhos, o que prevê que não há uma tendência desse movimento ganhar força, pelo menos em curto prazo”, analisa.

“As empresas podem resolver aumentar o número de equipamentos daqui, talvez, cinco anos, com o avanço da economia e o crescimento do emprego e da renda”, conclui. 

Fechar (X)