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Sustentabilidade

Sustentabilidade: ingresso do Brasil na OCDE vai impactar indústria e comércio, diz José Goldemberg

Presidente do Conselho de Sustentabilidade, da FecomercioSP, fala da importância da entrada na organização para o desenvolvimento de uma economia aliada a um meio ambiente saudável

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Sustentabilidade: ingresso do Brasil na OCDE vai impactar indústria e comércio, diz José Goldemberg

Serão cobradas ações na área de sustentabilidade como ampliação da Logística Reversa (LR) e melhora na de resíduos urbanos, por exemplo
(Arte: TUTU)

O possível ingresso do Brasil na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) vai acelerar o processo na adoção de melhores práticas de políticas públicas, incluindo temas pertinentes à área de Sustentabilidade. Na visão de José Goldemberg, presidente do Conselho de Sustentabilidade da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), que mencionou o tema na primeira reunião deste ano do conselho, no dia 4 de fevereiro, a OCDE estabelece padrões utilizados a nível global com capacidade para impactar a indústria e o comércio.

“A indústria é, atualmente, descentralizada no mundo todo. Por exemplo, as peças dos automóveis montados no Brasil são produzidas no México, na Coreia do Sul ou em outros lugares, e a OCDE estabelece padrões ambientais que, naturalmente, vão afetar todas as atividades, inclusive a do comércio”, afirma Goldemberg.

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Ele enfatiza a Logística Reversa (LR), conjunto de procedimentos para recolher e dar o encaminhamento adequado pós-consumo a determinados produtos que, ao serem descartados de forma inadequada, prejudicam o meio ambiente. Para facilitar esta implantação, os comerciantes podem aderir aos termos de compromisso de sistemas de LR pelo portal de Logística Reversa da FecomercioSP

“A FecomercioSP luta para implantar a LR no Brasil desde 2010, o que é adotado há muito tempo pelos integrantes da OCDE. O atraso no Brasil para implementar estas medidas não será tolerado. Outro ponto é o fato de que uma pequena parte dos resíduos urbanos é coletada de maneira separada em orgânicos e não orgânicos, o que não obedece aos padrões da organização. Então, as pessoas interessadas em uma economia ativa,em um meio ambiente saudável apoiam a participação no grupo”, explica Goldemberg.

Ingressar na OCDE, conhecida como “o clube dos ricos”, aumenta a supervisão internacional, bem como tem o poder de atrair investimentos, melhorar o posicionamento estratégico do País na geopolítica mundial, aumentar a influência nacional para o desenvolvimento de regras e padrões e gerar cooperação e troca de experiências de alto nível com países desenvolvidos.

“Vejamos Portugal, considerado um país de terceiro mundo dentro da Europa durante a ditadura de Salazar. Depois da entrada na União Europeia e também na OCDE, o governo português recebeu subsídios enormes para a construção de estradas e melhorias na infraestrutura. Estas mudanças transformaram Portugal em um dos lugares mais atraentes para atividades de turismo, setor importante ao PIB [Produto Interno Bruto] daquele país. Acredito que o mesmo possa ocorrer com o Brasil”, afirma.

OCDE

O Conselho da OCDE decidiu iniciar discussões sobre a adesão do Brasil em 25 de janeiro de 2022 – e não há prazo para a finalização do processo. Para ser aceito no clube, os países candidatos precisam demonstrar alinhamento aos princípios que regem o grupo, como preservação da liberdade individual, valores da democracia, entre outros.

A organização, estabelecida em 1961 com 20 membros fundadores, atualmente é composta por 36 países, incluindo algumas das principais economias desenvolvidas do mundo, como Estados Unidos, Japão e nações da União Europeia, além de economias emergentes latino-americanas, como México e Colômbia.

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