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31/03/2016“Tecnologia impacta para o bem e para o mal”, diz pesquisadora da Columbia University
Na era digital, governos devem esquecer a ideia de que podem falar uma coisa e fazer outra em suas políticas, alerta Alexis Wichowski
“A hipocrisia será exposta nesta era muito rapidamente, porque há muita informação por aí", diz Alexis Wichowski.
(YouTube-FecomercioSP)
Dentro de dez anos, a maior parte da população mundial terá acesso à internet. Mesmo em países subdesenvolvidos, com infraestrutura precária e sem boas redes elétricas, ainda assim as pessoas terão pelo menos um celular. Para Alexis Wichowski, gestora de pesquisas no Instituto Harmony e professora na School of International and Public Affairs (SIPA) da Columbia University, a tecnologia impacta na vida das pessoas para o bem e para o mal.
Durante entrevista para a plataforma UM BRASIL, a especialista disse ver a tecnologia como uma das ferramentas de comunicação mais eficientes do momento. “Ela tem gerado interferências significativas na sociedade. Algumas pessoas acham que cria maior distanciamento; outras, que agrega interesses em comum. A rede age em ambas as direções: ajudam ativistas a se conectarem e as pessoas que desejam o mal a se encontrarem”.
Em uma sociedade cada vez mais ávida por informação, aumenta a dificuldade de se manter dados em sigilo. “Antes das mídias sociais, se alguém tivesse um arquivo e quisesse compartilhá-lo com o público, teria que distribuí-lo fisicamente, por meio de cópias. Agora, é só apertar um botão. Uma vez que a informação é espalhada, não poderá ser retirada”, comenta.
Na era digital, os governos têm um desafio: saber manter informações em sigilo por motivos de segurança e usar as redes de maneira adequada para atingir o maior número de pessoas. “O ideal é utilizar essas ferramentas como pessoas e se conectarem a outras de forma pessoal. É claro que os ‘perfis’ podem falar sobre as suas decisões políticas, dar links para comunicados à imprensa, falar sobre estatísticas que sejam importantes, mas também deve ser humano, real.”
Para Alexis, transparência é fundamental e os governantes precisam esquecer a ideia de que podem falar uma coisa e fazer outra em suas políticas. “A hipocrisia será exposta nesta era muito rapidamente, porque há muita informação por aí.”
O acesso à informação de qualquer parte do mundo continua sendo um dos maiores benefícios da tecnologia. “Quando quero me informar, vou a um site agregador que tem várias manchetes sobre o mesmo tema. Posso ver a perspectiva liberal, conservadora ou a combinação das duas. Porém, quantas pessoas utilizam a tecnologia desta forma? É tentador serem sugadas para a diversão e ignorar seu potencial educativo.”
Clique aqui e veja a entrevista na íntegra.
Sobre a série “Inovando o Setor Público Brasileiro”
A entrevista, conduzida pela jornalista Maria Cristina Poli, foi gravada durante o Lemann Dialogue, uma conferência que reúne alunos bolsistas da Fundação Lemann das Universidades de Columbia, Harvard, Illinois e Stanford. O tema desta quinta edição foi “Inovando o Setor Público Brasileiro”.
O conteúdo integra a plataforma UM BRASIL, idealizada pela FecomercioSP, que nesta série conta com a parceria do Columbia Global Centers no Rio de Janeiro e do Lemann Center for Brazilian Studies da Universidade Columbia.
As gravações aconteceram em Nova York entre os dias 16 e 20 de novembro de 2015.
Clique aqui e veja a entrevista com o economista Rodrigo Soares.
Clique aqui e veja a entrevista com o diretor da SPTrans, Ciro Biderman.
Clique aqui e veja a entrevista com a diretora de educação do Banco Mundial, Claudia Costin.
Clique aqui e veja a entrevista com o diretor do Lemann Institute for Brazilian Studies da Universidade de Illinois, Jerry Dávila.
Clique aqui e veja a entrevista Mary Paula Arends-Kuenning, professora associada da Universidade de Illinois.
Clique aqui e veja a entrevista com Rohit T. “Rit” Aggarwala, professor da Universidade Columbia.
Clique aqui e veja a programação das próximas entrevistas.
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