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Economia

Turismo nacional em ascensão: setor pode alcançar novo patamar em 2025

Dados de empresas do ‘trade’ apontam novos investimentos e cenário otimista para o próximo ano

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Turismo nacional em ascensão: setor pode alcançar novo patamar em 2025
Segundo o estudo Parques, Atrações Turísticas e Entretenimento no Brasil — Panorama Setorial e Novos Investimentos, o Brasil tem hoje 97 grandes empreendimentos em desenvolvimento, que correspondem a R$ 9,5 bilhões em investimentos. (Arte: TUTU)

As perspectivas do Turismo nacional são positivas. Diante da expansão dos investimentos em hotéis e atrações turísticas, além do aumento da malha aérea, o setor projeta um forte potencial para 2025. O assunto foi discutido em recente reunião do Conselho de Turismo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), realizada no dia 23 de maio. 

“Está ocorrendo uma mudança de patamar de investimentos muito grande na malha aérea e nos meios de hospedagens, em todas as regiões do País. Isso mostra que o Turismo é a bola da vez na economia. Tudo indica que vamos começar, gradativamente, a ter uma melhora a partir do segundo semestre deste ano e em 2025”, afirmou Guilherme Dietze, presidente do Conselho de Turismo da Entidade.

É o que aponta a 2ª edição do estudo Parques, Atrações Turísticas e Entretenimento no Brasil — Panorama Setorial e Novos Investimentos, da Noctua Advisory, em parceria com o Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat) e a Associação Brasileira de Parques e Atrações (Adibra), que divulga informações de desempenho do setor, além de volume e caracterização dos novos investimentos previstos. 

O levantamento mapeou 755 empresas em operação, localizadas em 147 cidades de 24 Estados brasileiros. “Hoje, temos, no Brasil, 97 grandes empreendimentos em desenvolvimento, que correspondem a R$ 9,5 bilhões em investimentos, dos quais a maior parte está voltada ao Turismo, como parques aquáticos e temáticos, e 38% estão vinculados ao universo da hospitalidade”, ressaltou Pedro Cypriano, sócio da Noctua e membro do Conselho de Turismo da FecomercioSP.

Outro estudo realizado pela Noctua, mas, desta vez, em parceria com o Hotelier News, sobre timeshare, ou seja o “tempo compartilhado” dentro de uma propriedade de férias, também traz bons resultados. A pesquisa, feita com mais de 425 meios de hospedagem, distribuídos por 23 Estados e 148 municípios brasileiros, mostra um cenário promissor. “No Brasil, existem, hoje, cerca de 150 empreendimentos que atuam com timeshare. isto é, já temos um universo de peso. E há cerca de 80 projetos de multipropriedade em estruturação. Portanto, seja na hospitalidade, seja no entretenimento, o panorama é positivo”, afirmou Cypriano. 

Em relação à demanda, o Turismo nacional já alcançou o nível pré-pandemia, mas ainda não chegou ao patamar de 2012, início da série histórica, segundo dados do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (Fohb). “Em 2012, a taxa de ocupação estava em 70% agora, está em 62%. Isso significa que ainda há uma perspectiva de melhora”, destacou Orlando Souza, presidente do Fohb e membro do Conselho de Turismo da Entidade. “Já no âmbito da oferta, a estimativa é de abertura de 137 novos hotéis até 2028 — ou 22 mil novas unidades no pipeline das redes”, completou Souza.

Como anda o turismo?  
Indicadores do levantamento mensal do Conselho de Turismo da FecomercioSP, com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), corroboram com esse cenário. O Turismo nacional registrou o melhor primeiro trimestre desde 2019, de acordo com a pesquisa. O faturamento, nos três primeiros meses deste ano, foi de R$ 48,2 bilhões, alta de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que representa um ganho monetário de R$ 902 milhões. 

“O setor se destaca em meio ao crescimento em geral da economia nacional.  Isso mostra que os empresários estão otimistas no Brasil, senão, não haveria esse pipeline de investimentos. Não é um segmento específico que está crescendo, é todo o setor. Isso vai trazer investimento e renda para o País”, reiterou Dietze. 

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