Notamos que você possui
um ad-blocker ativo!

Para acessar todo o conteúdo dessa página (imagens, infográficos, tabelas), por favor, sugerimos que desabilite o recurso.

Economia

Turismo registra crescimento de 21,8% e sinaliza início de recuperação na capital

Dados do novo indicador da FecomercioSP com o SPTuris mostram primeira elevação, após quatro meses de queda, puxada por restrições de circulação

Ajustar texto A+A-

Turismo registra crescimento de 21,8% e sinaliza início de recuperação na capital

O maior aumento do indicador veio da movimentação de passageiros nos aeroportos
(Arte: TUTU)

Após quedas contínuas no faturamento, nos empregos e no movimento de passageiros, o turismo paulistano registra o primeiro aumento do ano, com crescimento de 21,8%. É o que mostra o Índice Mensal de Atividade do Turismo (IMAT-SP), elaborado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) e pelo Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo (SPTuris), que atingiu o número-índice de 46,9 em maio, após o 38,9 de abril. Entenda aqui a metodologia da pesquisa.

Mesmo que ainda seja cedo para comemorar, o IMAT indica o início de um alívio para os empresários do setor. Com a reabertura gradual da economia de São Paulo – somada à vacinação que vem se acelerando, mesmo em ritmo menor que o desejado –, os consumidores e empresários começam a buscar viagens, locação de espaços para eventos e demais atividades do setor.

imat_de_maioO turismo na capital paulista está 68,9% maior do que no mesmo mês do ano passado, embora seja importante contextualizar que o bimestre de abril e maio de 2020 foi o momento mais crítico da pandemia, portanto, a base de comparação ficou bastante fragilizada.

Leia mais sobre o setor
Encontro da FecomercioSP com representantes do Poder Público aponta que turismo deve se preparar para atender a crescente demanda no fim do ano
Nova lei em vigor prorroga até o fim do ano as regras de reembolso e remarcação de voos
Eventos-teste em São Paulo serão fundamentais para retomada do setor, avalia FecomercioSP

Contudo, apesar de inspirar otimismo, a atividade atual do turismo ainda está 20% abaixo do registrado no fim do ano passado e 53% inferior ao nível pré-pandemia, mostrando um longo percurso para a plena recuperação.

O maior aumento do indicador veio da movimentação de passageiros nos aeroportos, que obteve alta de 42,5% em relação a abril. Depois, o melhor resultado foi o da movimentação nas rodoviárias, com elevação de 35,7%, seguida pela ocupação hoteleira, que subiu de 19% para 32% no mês de maio.

Já o faturamento das empresas do turismo cresceu 11,6% no mês. O setor de eventos (montagem, catering, locação de espaços, etc.) é um dos grandes setores captados por este dado, recuperando-se de forma gradativa. As empresas de eventos estão se estruturando de forma híbrida, com locação de espaços físicos e limitando o número de convidados, somando-se à possibilidade uma transmissão virtual das programações com acompanhamento remoto.

O crescimento mais tímido é o de empregos no setor, que permaneceu praticamente estável, registrando variação mensal de 0,2% – ainda 5% abaixo do nível pré-pandemia.

Para Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo (CT) da FecomercioSP, é o momento adequado para que os empresários retomem o planejamento dos próximos meses com dados um pouco mais otimistas, mas ainda mantendo a atenção às notícias da saúde. "Com cautela e gestão responsável, teremos resultados mais animadores."

O IMAT-SP foi criado pela FecomercioSP e pela SPTuris para servir de termômetro do turismo em São Paulo, levando em consideração tanto as atividades dos empresários do setor quanto dos consumidores. A ideia é que o indicador seja usado, sobretudo, para que as empresas que atuam com atividades turísticas na cidade tenham mais um insumo para elaborar o planejamento.

Pela série histórica, iniciada em janeiro de 2020, o melhor momento do turismo paulistano, desde o início da pandemia, foi em dezembro, com número-índice 58,9. Dali em diante, não parou mais de cair – 58,6 em janeiro deste ano; 50,7 em fevereiro; 41,5 em março; 39,8 em abril – até o registro de maio.

 
Fechar (X)