Economia
27/04/2018UM BRASIL discute cenário político-econômico diante das eleições de 2018
O presidente do Conselho de Economia, Sociologia e Política da FecomercioSP, Paulo Delgado, e o economista Fábio Pina, também da Federação, analisam as incertezas da política e da economia brasileiras
"Falta de renovação do Congresso pode gerar crise política", aponta Paulo Delgado, enquanto o economista Fábio Pina comenta que "as incertezas podem minar todo o progresso alcançado com a política-econômica mais liberal"
(Arte: TUTU)
O UM BRASIL reuniu o cientista político, professor licenciado da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e presidente do Conselho de Economia, Sociologia e Política da FecomercioSP, Paulo Delgado, e o economista da FecomercioSP e sócio da FFA Consultoria, Fábio Pina, para um debate sobre as tendências da política e da economia diante das eleições de 2018.
Na conversa com a jornalista Thais Herédia, Delgado fala que a possível falta de renovação do Congresso brasileiro nas próximas eleições pode gerar uma crise política no futuro. Para o cientista político, o cenário para o Parlamento será negativo em razão da ausência de legitimidade.
“Nós poderemos ter a maior não renovação da história do Congresso Nacional. O parlamento é velho, e o único personagem que pode desequilibrar o jogo é o presidente da República”, analisa.
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Até o momento, existem mais de 20 pré-candidatos à presidência. A grande quantidade de interessados em participar da disputa mantém a incerteza política em um momento em que os julgamentos e as discussões do Supremo Tribunal Federal (STF) ganham a atenção.
No âmbito econômico, o economista Fábio Pina destaca que o cenário reflete de forma desfavorável. Ele argumenta que os dados apurados pela Entidade, como os índices de Confiança do Consumidor (ICC) e de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) do município de São Paulo, já demonstram a redução do otimismo dos consumidores e empresários nos últimos meses.
Pina lembra que entre o fim de 2016 e o primeiro semestre de 2017, os indicadores apurados pela Federação apontavam forte crescimento, embora não tivessem ainda sido sentidos na inflação, no emprego e no consumo. Para ele, as mudanças geraram resultados na produção e no emprego no segundo semestre do ano passado.
“Nenhum candidato é tão bom quanto o seu discurso. Essas incertezas podem minar todo o progresso que a gente fez com a política-econômica mais liberal”, diz.
O debate foi feito em parceria com o Clube Caiapós e a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP/USP). O encontro foi realizado na Conferência Estadual de São Paulo, no dia 19 de abril, em Ribeirão Preto, interior do Estado.
Acompanhe a entrevista completa:
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