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Sustentabilidade

Uso sustentável de rejeitos salinos expande atuação após Prêmio da FecomercioSP

Projeto do professor Nildo Dias vai atuar, também, com ação social, levando a tecnologia para os agricultores e sensibilizando a comunidade para uma alimentação mais saudável

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Uso sustentável de rejeitos salinos expande atuação após Prêmio da FecomercioSP

Popular em comunidades rurais do nordeste brasileiro, o processo de dessalinizar a água para tornar parte dela potável produz cerca de 40% de rejeitos salinos, os quais costumam ser despejados de maneira inapropriada no meio ambiente.

A situação, no entanto, foi vista pelo professor Nildo Dias, do departamento de ciências ambientais e tecnológicas da Universidade Federal Rural do Semiárido (Ufersa), como oportunidade para dar um novo destino aos resíduos em Mossoró (RN).

A iniciativa, vencedora do 4º Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade, na categoria Academia, entre os professores, consiste em utilizar esses rejeitos para irrigar plantas típicas da região que são tolerantes aos sais e, também, na piscicultura, para a produção de tilápias.

"Encontramos e visitamos várias alternativas que buscavam amenizar os riscos potenciais do rejeito salino. Não há dúvidas de que o emprego desta tecnologia acaba por amenizar as precárias condições do abastecimento hídrico nas localidades nordestinas contempladas pelos programas governamentais neste âmbito", comenta o professor.

A partir do estudo, o projeto recebeu financiamento do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), que permitiu levar a técnica para mais duas comunidades rurais da cidade, Santa Elza e Serra Mossoró.

O reconhecimento da ação pela FecomercioSP beneficiou o projeto, segundo indica Dias. "Com o Prêmio Fecomercio de Sustentabilidade nosso projeto ganhou visibilidade e foi divulgado em jornais e revistas, locais e nacionais. A partir daí ampliamos e conseguimos outras parcerias e, atualmente, temos o apoio da Ufersa, da Prefeitura Municipal de Mossoró, da Cooperativa Copervida e do IABS", assinala.

O projeto, que até então era experimental, ganhou proporções e passou a ter maior capacidade produtiva. "Passamos a produzir as tilápias em tanques comerciais e ampliamos a área de produção de hortaliças utilizando o efluente da piscicultura como suporte hídrico, garantido, assim, a segurança alimentar e nutricional das famílias envolvidas no projeto", aponta Dias.

Após a premiação, a iniciativa resolveu ampliar o campo de atuação, segundo o professor. "Estamos realizando oficinas de capacitação na comunidade com o objetivo de transferir a tecnologia para que o agricultor possa se apropriar deste conhecimento e conquistar a sua independência. Além disso, será feito um trabalho de sensibilização na comunidade sobre as práticas e hábitos alimentares saudáveis e a importância de alimentar-se bem".

Para otimizar essa ação social, Nildo Dias está buscando parcerias com profissionais das áreas para melhorar os hábitos alimentares da população, evitando o desperdício de alimentos.

Para saber mais sobre o projeto vencedor, clique aqui.

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