Negócios
08/01/2021Varejo brasileiro deve deixar de faturar R$ 15,8 bilhões com feriados em 2021
Perda estimada para este ano supera a do ano passado; confira como potencializar as vendas nessas datas
As chamadas "compras por impulso" devem cair com os novos hábitos do consumidor
(Arte/Tutu)
O varejo brasileiro deve deixar de faturar R$ 15,8 bilhões em 2021 em função de 12 feriados nacionais e quatro pontes, estima estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O montante representa, aproximadamente, 0,8% das vendas do setor, o equivalente a três dias de comércio completamento fechado.
Levando em conta o mesmo número de feriados e pontes, a perda projetada para este ano é 7,1% superior à estimada para o ano passado, antes dos efeitos da pandemia impactarem as atividades comerciais.
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No caso do Estado de São Paulo, com a adição do feriado de 9 de Julho, o estudo calcula que o varejo paulista deve deixar de faturar R$ 6,4 bilhões, ou 5,2% a mais do que o que havia sido projetado para 2020 antes do surto de covid-19.
Em todo o País, o setor que mais deve deixar de faturar com os feriados, em termos absolutos, é o de supermercados, com uma baixa de R$ 8 bilhões. Considerando as variações, a maior perda será do setor de móveis e decoração (20,9%), seguido por lojas de vestuário, tecidos e calçados (19,6%) e farmácias e perfumarias (9%).
A FecomercioSP explica que, com as pessoas trabalhando mais tempo em casa e circulando menos pelas ruas, em função da pandemia, as chamadas “compras por impulso”, aquelas que não estavam programadas, são reduzidas, inclusive nos feriados.
Vale destacar, com base nisso, que o estudo não considera os setores tradicionais de compras programadas – veículos e autopeças, materiais de construção, eletrodomésticos e eletrônicos. Independentemente de feriado ou ponte, o consumidor, em geral, antecipa ou posterga a aquisição de produtos como estes.
Saiba potencializar as vendas nos feriados
Apesar do impacto dos feriados no varejo, é importante observar que o consumo se desloca, parcialmente, para outros setores, como o turismo e os serviços (bares, restaurantes, deliveries, lazer, etc.). De todo modo, a Federação compilou algumas recomendações para os estabelecimentos comerciais potencializarem as vendas em feriados e pontes. Confira:
• se o ritmo de vendas estiver aquém do esperado, realize promoções específicas nos feriados, principalmente com produtos parados no estoque;
• faça parcerias com empresas de serviços, como, por exemplo, na compra de um produto na loja, o consumidor ganha um benefício em um restaurante ou atividade de entretenimento;
• amplie a presença do negócio nas plataformas de vendas digitais. Vale lembrar que a FecomercioSP projeta que o comércio eletrônico cresça 6% em 2021. Se quiser saber mais sobre o e-commerce, veja aqui como montar uma operação virtual.
Turismo e feriados
Bastante afetado no ano passado, o turismo é um dos setores que mais dependem da vacinação em massa para voltar à normalidade. A pandemia, contudo, alterou as prioridades dos turistas, de modo que, no Brasil, 51% dos interessados em viajar têm preferência por destinos turísticos no próprio País, segundo pesquisa da Interamerican Network e do Conselho de Turismo da FecomercioSP.
Nesse sentido, é importante considerar que, com a expansão do trabalho remoto, as famílias esperam contar com hospedagens que ofereçam internet de qualidade.
Além do mais, para atrair turistas nos feriados, as empresas de hospedagem, alimentação e transporte devem aumentar a sensação de segurança, seguindo os protocolos sanitários recomendados para o turismo.
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