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14/07/2016Varejo na região de Araçatuba elimina 104 postos de trabalho formal em abril
Segundo a FecomercioSP, estoque de trabalhadores apresentou retração de 4,4% em relação a abril de 2015, o segundo pior desempenho do estado
São Paulo,14 de julho de 2016 – Em abril, o comércio varejista na região de Araçatuba fechou 104 postos de trabalho, resultado de 1.262 admissões contra 1.366 desligamentos. No acumulado de 12 meses, foram eliminados 1.602 empregos com carteira assinada, o que levou a um recuo, na comparação com abril de 2015, de 4,4% do estoque total, o segundo pior desempenho do Estado de São Paulo. O Varejo da região encerrou o mês com 35.096 trabalhadores formais.
As informações são da Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), elaboradas com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no estado de São Paulo, obtido com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Nenhuma das nove atividades analisadas apresentou crescimento no estoque de empregados em abril na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os recuos mais expressivos foram vistos em concessionárias de veículos
(-10,1%); lojas de vestuário, tecidos e calçados (-8,1%); e lojas de móveis e decoração (-7,3%).
Desempenho estadual
O comércio varejista no Estado de São Paulo eliminou 10.540 empregos com carteira assinada, em abril, resultado de 70.016 admissões e 80.556 desligamentos. Esse é o pior saldo para o mês desde o início da apuração dos dados pelo Ministério do Trabalho, em 2007. Com isso, o estoque ativo de trabalhadores do varejo paulista atingiu 2.072.771 no mês, redução de 3,5% em relação a abril de 2015 e o patamar mais baixo desde abril de 2012.
Desde 2012, o primeiro quadrimestre se caracteriza pela extinção de empregos formais no comércio varejista paulista, porém, o que chama a atenção neste ano é a aceleração deste movimento. Somente nos quatro primeiros meses foram 57.258 vínculos perdidos. No mesmo período do ano passado, 42.259 postos de trabalhos celetistas foram eliminados. Analisando o saldo acumulado em doze meses, de maio a abril, são 75.440 empregos eliminados – pior resultado da série histórica. Em 2015, com a mesma base de comparação, já era notada uma estagnação do mercado de trabalho, com a tímida geração de 651 novos empregos.
Das nove atividades pesquisadas, apenas o estoque de trabalhadores do segmento de farmácias e perfumarias (2,4%) cresceu em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado. Os destaques negativos foram registrados nos setores de concessionárias de veículos (-9%), eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-8,8%) e lojas de móveis e decoração (-7,5%).
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o varejo entrou em um círculo vicioso de difícil resolução. A queda do consumo, em decorrência da inflação elevada e da diminuição da renda, gera desemprego por toda a cadeia produtiva e de distribuição. A Federação pondera que a redução da massa salarial fortalece o movimento de queda nas vendas e consequentemente de geração de emprego (ou garantia dos postos de trabalho já existentes).
Com relação aos dados por ocupações, as funções que registraram as maiores perdas foram os vendedores e demonstradores, com a eliminação de 3.820 postos de trabalho em abril. A segunda maior redução ocorreu com os escriturários, com eliminação de 1.138 empregos, seguidos pelos gerentes de áreas de apoio (-640 vagas).
A Entidade explica que no ambiente de incertezas e de baixa confiança dos agentes econômicos que vive o País, a alteração deste quadro de desemprego é improvável. Mesmo que tais variáveis mostrem melhora, a FecomercioSP acredita que fica cada vez mais claro que teremos um ano marcado por fechamento de vagas a níveis bem superiores que o visto ano passado.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP) analisa o nível de emprego do comércio varejista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e nove atividades do varejo: autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamento; materiais de construção; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecido e calçados; supermercados e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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