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Editorial

Varejo na região de Marília cresce 1,3% em janeiro e registra o segundo melhor desempenho do Estado

De acordo com a FecomercioSP, segmento faturou R$ 919,5 milhões, contabilizando R$ 12 milhões a mais que o mesmo período do ano passado

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São Paulo, 26 de abril de 2016 – Em janeiro, o comércio varejista na região de Marília registrou crescimento de 1,3% na comparação com o mesmo mês de 2015 e apresentou o segundo melhor resultado do Estado de São Paulo, com o faturamento de R$ 919,5  milhões. 

Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP). 

Das nove atividades pesquisadas, cinco apresentaram crescimento em janeiro na comparação com 2015. As altas mais expressivas foram observadas nos setores de supermercados (17,8% e contribuição de 6,1 pontos porcentuais (p.p.) ao resultado geral), de farmácias e perfumarias (8,9%, com impacto de 0,6 p.p.) e de outras atividades (6,2% e 1,5 p.p.). 

Entretanto, quatro segmentos tiveram retração, com destaque para concessionárias de veículos (-24,4% e impacto negativo de -2,3 p.p.) e materiais de construção (-24,8% e contribuição de -2 p.p.). 

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a tendência é que a partir de março o faturamento do varejo de Marília volte a cair. Isso porque, a partir deste mês, a base de comparação dos setores básicos de consumo, supermercados; e farmácias e perfumarias, ficará mais elevada, já que desde março de 2015 as vendas nos supermercados, por exemplo, mantiveram crescimento de dois dígitos.

 tabela_pccv_marlia_abril_2016

Desempenho estadual

O comércio varejista do Estado de São Paulo manteve no início de 2016 o fraco desempenho registrado no ano anterior e, em janeiro, alcançou faturamento real de R$ 44,1 bilhões, queda de 4,7% em relação ao mesmo período de 2015, quando faturou R$ 46,3 bilhões. Esse é o menor movimento de vendas do varejo paulista para o mês desde 2010. 

Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, apenas as do Litoral paulista (8,3%) e de Marília (1,3%) apresentaramcrescimento em janeiro na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto as demais recuaram nas vendas do varejo, sendo Osasco (-12,6%) a que teve o pior desempenho estadual.

Das nove atividadesexaminadas, sete apresentaram queda das vendas em janeiro, com destaques para: materiais de construção (-20,6%), concessionárias de veículos (-16,4%), outras atividades (-11%) e lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-9,7%). Juntos, os quatro segmentos contribuíram, negativamente, com sete pontos porcentuais para o declíniodo varejo na totalidade do Estado. Entretanto, os setores de farmácias e perfumarias (8,1%) e supermercados (6,1%) foram os únicos que mostraramresultados positivos no período e colaboraram 2,4 p.p. para amenizar a queda do varejo. 

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, houve neste início de ano piora no quadro econômico, com inflação alta, desaceleração acentuada nas vendas, alta de juros e declínionos indicadores de emprego e renda, acompanhada pela elevação do endividamento e da inadimplência. Além disso, houve agravamento da crise política, que inviabiliza a discussão e a adoção de medidas para tirar o País de uma das crises mais graves de sua história. 

Expectativa

De acordo com a FecomercioSP, diante das incertezas econômicas e políticas, tudo indica que o varejo, ao menos no primeiro semestre do ano, prosseguirá sentindo os impactos negativos do baixo grau de confiança dos consumidores e empresários em geral. Com isso, as estimativas apontam para uma queda acumulada ao redor de 6% nesses primeiros seis meses de 2016. 

A Entidade pondera ainda que o mais preocupante na crise política atual é a demora em se avançar em medidas que possibilitem a retomada do crescimento. Afinal, quanto maior for o prazo para resolução dos impasses atuais, mais graves se tornarão os problemas econômicos internos. 

Nota metodológica

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no Estado de São Paulo (PCCV) utiliza dados da receita mensal informados pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e nove setores (autopeças e acessórios; concessionárias de veículos; farmácias e perfumarias; lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos; lojas de móveis e decoração; lojas de vestuário, tecidos e calçados; materiais de construção; supermercados; e outras atividades). 

Os dados brutos são tratados tecnicamente de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região. Após a consolidação dessas informações, são obtidos os resultados de desempenho de todo o Estado.

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