Economia
10/10/2017Varejo no Estado de São Paulo cria 7.477 postos de trabalho em agosto, o maior saldo desde novembro de 2016
Segundo pesquisa da FecomercioSP, todos os nove segmentos varejistas analisados geraram novas vagas de emprego no período
Observando os dados por ocupações, as profissões com maior saldo de movimentação em agosto foram de vendedores e demonstradores (3.065 vagas) e embaladores e alimentadores de produção (885 vagas)
(Arte/TUTU)
O comércio varejista no Estado de São Paulo criou novas vagas de emprego pelo segundo mês consecutivo. Em agosto, foram abertos 7.477 postos de trabalho celetistas, resultado de 71.560 admissões e 64.083 desligamentos. É a terceira vez ao longo de 2017 que o setor registra geração de empregos, sendo o maior saldo desde novembro de 2016. Com o resultado, o varejo encerrou o mês com um estoque total de 2.065.908 trabalhadores. No acumulado dos últimos 12 meses, foram extintos 5.155 empregos com carteira assinada, número bem inferior na comparação entre setembro de 2015 e agosto de 2016, quando foram perdidos 66.527 vínculos celetistas.
Os dados compõem a Pesquisa de Emprego no Comércio Varejista do Estado de São Paulo (PESP), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no Estado de São Paulo, calculado com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
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De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, além do processo de reação do mercado de trabalho neste segundo semestre, que nos parece ser real, observou-se que em agosto, sazonalmente, há geração de vagas, pois o número de desligamentos de trabalhadores é normalmente mais baixo nesse mês, que antecede a celebração da convenção coletiva de trabalho da categoria. Isso ocorre porque o artigo 9° da Lei Federal nº 7.238/14 determina que: "O empregado dispensado, sem justa causa, no período de 30 (trinta) dias que antecede a data de sua correção salarial, terá direito à indenização adicional equivalente a um salário mensal, seja ele optante ou não pelo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)". Esse aumento no custo de dispensa de um funcionário desestimula o empresário do varejo a demitir sem justa causa e, por isso, o resultado de 64.083 desligamentos em agosto foi o segundo menor patamar mensal desde o início da série histórica da pesquisa, em 2007.
Entre as nove atividades pesquisadas, apenas três apresentaram crescimento no número total de empregos na comparação com o mesmo mês de 2016: supermercados (10.287 vagas), farmácias e perfumarias (3.935 vagas) e autopeças e acessórios (1.002 vagas).
Observando os dados por ocupações, as profissões com maior saldo de movimentação em agosto foram de vendedores e demonstradores (3.065 vagas) e embaladores e alimentadores de produção (885 vagas).
No acumulado dos últimos 12 meses, a FecomercioSP destaca novamente o bom desempenho das atividades que comercializam bens essenciais (supermercados e farmácias e perfumarias), além do varejo de autopeças e acessórios automotivos. Para a Entidade, o fato da sazonalidade mencionada acima ter impactado positivamente todas as atividades varejistas em agosto não impede o surgimento de um prognóstico otimista para o mercado de trabalho, que parece passar um processo de reação, ainda que tímido.
Varejo paulistano
O comércio varejista na capital paulista seguiu a tendência estadual e criou 1.972 empregos formais em agosto, resultado de 22.464 admissões contra 20.492 desligamentos. No acumulado dos últimos 12 meses, foram extintos 448 postos de trabalho, o que levou a uma queda de 0,1% no estoque de trabalhadores, na comparação com agosto de 2016, encerrando, assim, o mês com 648.234 trabalhadores.
Das nove atividades pesquisadas, apenas três apresentaram crescimento no estoque de empregos na comparação com agosto de 2016: supermercados (2.653 vagas); farmácias e perfumarias (2.623); e autopeças e acessórios (366). Já as maiores retrações foram vistas nas lojas de vestuário, tecidos e calçados (-2.166 empregos) e materiais de construção (-1.334)
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