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Economia

Varejo paulista cresce 18% em abril, na comparação anual, e obtém maior faturamento para o mês desde 2008

Nível das vendas varejistas no quadrimestre já supera em 23% o acumulado nos quatro primeiros meses de 2019

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Varejo paulista cresce 18% em abril, na comparação anual, e obtém maior faturamento para o mês desde 2008

As atividades avaliadas tiveram aumento no faturamento real, com destaque para as lojas de vestuário, tecidos e calçados (91,1%) 
(Arte: TUTU)

As vendas reais no comércio varejista do Estado de São Paulo cresceram 18% em abril, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em termos monetários, isso significa R$ 13.903,9 milhões a mais do que o apurado em abril de 2021. O dado é da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O estudo também demonstra que o faturamento atingiu R$ 91,1 bilhões no período – o resultado é o maior para o mês desde 2008, quando a série histórica teve início.

O nível das vendas varejistas no quadrimestre já supera em 23% o acumulado no mesmo período de 2019, e em 27% a média dos quatro primeiros meses do período, entre 2017 e 2019. De janeiro a abril, o setor registra crescimento de 12%, exibindo uma trajetória ascendente a cada mês e apontando variações significativas. Esse desempenho está ligado à queda do desemprego e ao aumento das contratações com registro em carteira, o que possibilitou que mais pessoas ficassem aptas a consumir.

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Por outro lado, a aquisição de crédito pelas famílias – que estimulou a aquisição, em especial, de bens duráveis – e a injeção de valores consideráveis por meio dos saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também estimularam o consumo. Outro fator que contribuiu foi a antecipação do décimo terceiro salário em valor médio maior do que no ano passado – devido ao maior contingente de pessoas com direito ao benefício.

Apesar do contexto favorável, a FecomercioSP destaca ser improvável que o atual ritmo de crescimento das vendas permaneça exibindo taxas de dois dígitos até o final do ano, sendo observados, já no segundo semestre, aumentos menores. Isso devido ao nível de endividamento, à inadimplência na capital, e ao aumento da taxa básica de juros para conter a inflação, que podem levar a uma desaceleração do crescimento das vendas.

Lojas de vestuário crescem 91%

Todas as atividades avaliadas na pesquisa demonstram aumento no faturamento real, com destaque para as lojas de vestuário, tecidos e calçados (91,1%) – que se beneficiaram da base de comparação fragilizada: em abril de 2021, o faturamento foi de apenas R$ 3,4 bilhões – 33% abaixo do padrão histórico para o mês. Outro fator que explica o resultado expressivo foi a renovação dos estoques para a temporada de inverno no início do ano, o que levou à realização de muitas promoções, contribuindo para o aumento das vendas.

Os demais segmentos a apresentarem alta no faturamento foram: outras atividades (26,7%); concessionárias de veículos (17,1%); autopeças e acessórios (17,1%); eletrodomésticos, eletrônicos e L.D. (16,3%); lojas de móveis e decoração (15,0%); supermercados (9,6%); farmácias e perfumarias (8,8%); e materiais de construção (7,2%).

pccv_abril22Varejo paulistano

Na capital paulista, as vendas do varejo apresentaram crescimento de 22,2% no faturamento real, em relação ao mesmo período do ano passado – atingindo R$ 27,3 bilhões no mês. As mesmas razões que embasaram a alta substancial no Estado explicam o resultado da capital: redução do desemprego, com aumento do emprego formal, crédito em expansão, retirada do FGTS e antecipação de maior valor do décimo terceiro salário.

As taxas de crescimento também foram observadas em todas as nove atividades no mês de abril: lojas de vestuário, tecidos e calçados (101,8%); lojas de móveis e decoração (41,7%); eletrodomésticos, eletrônicos e L.D. (34,6%); outras atividades (32,2%); concessionárias de veículos (24,5%); autopeças e acessórios (23,1%); farmácias e perfumarias (9,4%); supermercados (7,8%); e materiais de construção (4,8%).

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