Economia
10/11/2020Varejo paulista deve criar menor número de vagas para fim de ano desde 2016
Apesar de retomada no segundo semestre, setor deve gerar 22,9 mil empregos celetistas até o fim de novembro; 15% deles têm chance de ser mantidos
Maior demanda de trabalho será por vendedores (32%), atendentes (16%), repositores (13%) e operadores de caixa (12%)
(Arte: TUTU)
Apesar das projeções mais otimistas sobre as vendas do varejo daqui até o final do ano e das medidas de afrouxamento do isolamento social, o setor deve gerar o menor número de vagas formais para o bimestre outubro/novembro desde 2016, no Estado de São Paulo. Segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 22,9 mil postos de trabalho formais serão abertos no período – comumente marcado por contratações para atender a demanda de final de ano – sendo que 8 mil deles serão na capital.
Dentre as vagas, a expectativa é que ao menos 15% se tornem efetivas para 2021.
É um volume 35% menor de postos formais de trabalho abertos se comparado com o bimestre outubro/novembro de 2019, por exemplo – quando 35,3 mil empregos foram criados.
Saiba mais sobre a retomada da economia:
Redução do valor do auxílio emergencial e antecipação do 13º podem comprometer consumo no fim do ano
Economista fala sobre as mudanças que devem permanecer no varejo após o término da pandemia
FecomercioSP defende protocolo de reabertura gradual e monitorada de atividades econômicas em SP
Confira os pleitos da FecomercioSP para manter empresas e empregos diante da crise
Novembro é, historicamente, o mês com maior saldo líquido de vagas formais (número de contratações em relação aos desligamentos) do varejo paulista, porque é a época em que as lojas reforçam suas equipes mirando o aumento da demanda das compras de final de ano.
Isso se reflete, por exemplo, no fato de que a maior demanda de trabalho será por vendedores (32%), atendentes (16%), repositores (13%) e operadores de caixa (12%).
Em 2020, o número de vagas celetistas criadas no varejo nesta época do ano será o terceiro pior da década, segundo a Federação: em 2015, o saldo foi de 15,8 mil empregos no mesmo período e, no ano seguinte, o número subiu para 20,7 mil.
De acordo com a FecomercioSP, os dados ajudam a refletir a situação atual dos varejistas em São Paulo: no primeiro semestre, o setor viu seu faturamento bruto cair 3,3% – a maior queda para o período desde 2015. Considerando os meses de janeiro a agosto de 2020, 104 mil postos celetistas já foram fechados pelo varejo no Estado.
Natal
Os empresários podem obter no webinário Superdicas de Natal para Pequenos Empresários orientações para lidarem da melhor maneira com contratação de temporários, gestão de estoque, precificação, protocolos de saúde, relacionamento com cliente e comércio eletrônico, durante uma das épocas mais esperadas do ano para o comércio. A live promovida pela FecomercioSP ocorre na próxima quinta-feira (12), às 14h, com Guilherme Dietze, assessor econômico da Federação.
Cadastre-se aqui para participar.
Nota metodológica
Dados de projeção de vagas de emprego a serem geradas pelo varejo paulista para fim do ano de 2020, com base no dado de emprego formal (celetista) a ser divulgado pelo Caged. Importante ressaltar que não devem ser confundidas com os empregos temporários oferecidos por empresas de intermediação de contratação, como agências de trabalho temporário.